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Entrevista: David Abreu fala sobre seu show na Festa do Trabalhador e o cenário de músicas autorais em Sete Lagoas

David Abreu Foto Arthur WinchesterNa última quarta-feira 1º de maio o Parque Náutico da Boa Vista em Sete Lagoas recebeu uma grande Festa dos Trabalhadores. Além dos shows de + Uma Moda, Alan & Alex e Bruno & Marrone quem também se apresentou no palco foi o músico setelagoano David Abreu.

Nesta entrevista exclusiva ele conta como foi levar um repertório 100% autoral para o evento, qual a reação do público e como ele enxerga o cenário de músicas próprias em Sete Lagoas, confira!

David Abreu. Foto: Arthur Winchester / cedida pelo cantorDavid Abreu. Foto: Arthur Winchester / cedida pelo cantor

Quais foram as músicas autorais apresentadas no show e por que a escolha deste setlist?
"Recebi do superintendente de Cultura e Juventude Alan Keller o convite para fazer parte das atrações que compunham a Festa do trabalhador. Ao me apresentar a proposta, achamos por bem fazer uma apresentação com banda, saindo do convencional voz e violão e também me foi dado o tempo de duração de 30 minutos.

Vi neste enquadramento a necessidade de redução de um espetáculo costumeiro, tendo que retirar números como músicas consagradas, poemas ou casos que gosto de contar. Então resolvi fazer desse momento um laboratório para trabalhar uma mostra somente com músicas minhas, desconhecidas do grande público, com excessões.

As músicas apresentadas foram 'Canto de dor', 'Galope Imaginário' (disponível nas plataformas digitais), 'Hora sem Fim', 'Calango de Embolada' onde divido o desafio vocal com o triangulista João Augusto e por fim, 'A peleja de David contra o nome americanizado', música que apesar não ter sido gravada, é conhecida pela oralidade, assim como é de praxe no trabalho de um cantador."

Como foi a recepção do público com as canções?
"Antes de subir ao palco, isso foi umas das coisas que estava imaginando: qual seria a reação do público que já estava super animado com as músicas conhecidas dos artistas antecedentes à minha apresentação. Quando enfim o roncado da sanfona e o peso da zabumba soaram, houve uma grande receptividade. Vi muitas pessoas que já acompanham meu trabalho e fiquei bem a vontade.

Fui desenvolvendo o trabalho e disse que era uma ocasião onde apresentaria músicas minhas e mesmo sem conhecê-las, via o pessoal respeitosamente ouvindo as falas e o poema citado, dançando de forma diferente da maneira que se dança num forró. Ou seja, dançavam sem par, cada um no seu cantinho.

E no final, uma grande vibração que recebi como respeito e parecer positivo do público que não está acostumado a um trabalho músico/poético autoral. Foi uma novidade tanto para eles quanto para mim."

Foto: Arthur Winchester / cedida pelo cantorFoto: Arthur Winchester / cedida pelo cantor

E para você, como artista, o que lhe trouxe de experiência?
"Com o desenrolar da apresentação, vi a grande necessidade de se fazer trabalhos como este para que as pessoas vejam a importância da identidade que cada artista tem.

As músicas consagradas já estão aí, e não vai ser com elas que o artista mostrará o que faz de forma integral.

É importante que as músicas conhecidas acompanhem as novas, mas um espetáculo se torna sólido quando as canções que o conduzem dizem mais do artista que do público."

Como você enxerga ou avalia o cenário musical autoral em Sete Lagoas?
"Eu me surpreendo quando ouço colegas e parceiros com seus trabalhos próprios. Esta minha geração que está com seus dez, quinze anos de estrada vem se mostrando muito competente no quesito composição.

São artistas que geralmente tem o seu trabalho tão fincados em suas raízes e vivências, que nem se quer tem parcerias em suas melhores composições. São obras que expõem a mais singular arte a que se propõem a fazer.

A qualidade com que compõem também caminha ao lado das caprichadas produções. Vejam por exemplo o trabalho da Bárbara Rocha, do Rafa Martins, da Thaianne Guimarães, do Rojan Gabriel e do Léo Ferreira. São pessoas que visivelmente se doam ao que fazem. Não estão para brincadeira. A pessoa não faz, ela simplesmente é aquilo."

Continue acompanhando o trabalho de Davi Abreu pelo Instagram @abreudavidinsta juntamente com o YouTube e Spotify.

Vinícius Oliveira e Djhéssica Monteiro

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