Falta de água castiga partes mais altas da cidade
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O consumo exagerado – e o desperdício – é apontado como um dos fatores do desabastecimento em várias regiões de Sete Lagoas. Segundo o engenheiro, o sistema de bombeamento do SAAE é antigo e as partes altas são as mais prejudicadas. “Os reservatórios não chegam a encher por completo. Dessa forma, a água chega apenas nas partes mais baixas. Em cada bairro deveria haver zonas de pressão para fazer a água chegar de forma igualitária para todos. Mas isso demanda investimento e tempo para execução. Só este ano furamos sete novos poços artesianos. Mas, infelizmente, cinco deles estavam secos e os outros dois não tinham a quantidade de água que prevíamos”, conta Gilberto Cunha.
Até novembro a situação deve perdurar, mas o estado não é de calamidade pública. “É difícil, mas estamos resolvendo dentro de nossas limitações. Há cinco caminhões pipas atendendo as solicitações. Se for preciso, decretamos estado de emergência e locamos até 50 caminhões-pipa”, afirmou o consultor técnico. Com 52 reservatórios, Gilberto Cunha afirma que seria necessário aumentar em pelo menos 40% a quantidade dos mesmos para atender a demanda em dias mais quentes. “Enfrentamos outro problema em relação a perdas. Por hora, são bombeados para toda cidade 3 milhões de litros. Mas cerca de 1,2 milhões de litros de água é perdido em decorrência de vazamentos e desperdícios de forma geral”, completa.
O engenheiro pede que a população tenha responsabilidade no consumo, e também paciência. “Quando ocorre problema na rede que leva água até os reservatórios, às vezes a manutenção chega a demorar de oito a 10 horas. E se os reservatórios não encherem, água não vai chegar para toda a população”, explica. Para o engenheiro, somente com investimento o problema será sanado. “Infelizmente sofremos com uma inadimplência muita grande, além da falta de hidrômetros em muitas residências, o que acarreta prejuízo para a autarquia. Além disso, há os by-pass (gato), que consome muita água sem qualquer custo”, finaliza.