A forte chuva da noite de segunda-feira, dia 14 de março, provocou uma enchente na orla da Lagoa Boa Vista e a água invadiu algumas casas do entorno.
A aposentada Ilse Joanna Flister,de 90 anos, teve sua casa, que fica na Rua Professor Maurílio Jesus Peixoto, invadida pelas águas. Ilsa, que se locomove apenas com cadeira de rodas teve que ser colocada sobre o sofá da sala durante o tempo em que a água invadiu a casa.
Morando há 40 anos no local, ela diz que é a primeira vez que a água invade a casa desta forma. “A gente fica com um pouco de medo, achando que a água não vai parar de subir”, contou enquanto mostrava o lugar em que foi colocada pela filha, Ilse Helga Flister Vasconcelos, e pela cuidadora de idosos que a acompanha.
Ilze Joanna, teve a casa invadida pela água (foto Ilze Helga)
Ilse Helga, conta que o que mais incomodava era que a água que invadia a casa estava completamente “podre” e cheia de lixo. “Ficamos até a meia noite para tirar toda a sujeira de dentro de casa, e ainda hoje estamos varrendo a sujeira que estava do lado de fora. O problema é antigo, no ano passado teve outra inundação, mas desta vez foi a pior de todas”, conta.
Video enviado pelo morador Alexander Marttins
A equipe do SeteLagoas.com.br encontrou diversos objetos nas proximidades das bocas de lobo, como papeis de sorvete, sacolas plásticas, garrafas de água mineral e até chinelos que conseqüentemente contribuíram para que a água não tivesse a evasão necessária, causando o grande acumulo de água no local.
Ilse Helga também relata que devido ao receio de que a água continuasse subindo ela acionou o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, mas que nenhum dos dois foi até o local.
A Defesa Civil de Sete Lagoas informou que seu trabalho não é o de executar ações de resgate, mas de sim acionar os órgãos responsáveis de acordo com as necessidades surgidas durante as emergências e coordenar as atividades em conjunto. Cabendo aos órgãos competentes acionar e reportar à Defesa Civil os problemas encontrados.
Eletrodomésticos tiveram que ser deixados sobre os móveis (foto Ilze Helga)
A assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros informou que durante os 40 minutos da forte chuva de ontem foram atendidos entre 80 e 95 chamados de emergência. E os atendimentos foram feitos pela prioridade de cada caso, já que haviam famílias desabrigadas com desabamento parcial ou completo de residências em outros bairros. Mas que caso fosse constatada a necessidade de intervir no local seria realizado a retirada de todas as pessoas do local.
A água ficou a um palmo de altura por toda a casa (foto Ilze Helga)
Água da rua entrando pelo portão da casa (foto Ilze Helga)
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