O setor de telecomunicações não aderiu a determinação judicial de suspender o aplicativo WhatsApp. Um comunicado foi divulgado na quarta-feira, 25, pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, SindiTelebrasil.

“O SindiTelebrasil entende que a medida pode causar um enorme prejuízo a milhões de brasileiros que usam os serviços, essenciais em muitos casos para o dia a dia das pessoas, inclusive no trabalho”.

Aplicativo WhatsApp já virou febre entre os brasileiros, sua suspensão causará prejuízos / Foto Ilustrativa: imgkid.com

Ainda segundo o sindicato a decisão é desproporcional, já que para se ter um número reduzido de pessoas, negada pela proprietária do WhatsApp, decidiu-se suspender o serviço em todo o país. “E para isso, exigir a aplicação dessa medida das prestadoras de telecomunicações, que não têm nenhuma relação com o serviço”, informou o sindicato.

A ordem judicial foi a mandado do juiz Luiz Moura, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, PI, expedido no último dia 11. Os processos judiciais que originaram a medida tiveram início em 2013. O caso partiu de investigação da Polícia Civil, foi levado ao Ministério Público do estado e à Justiça.

Para a delegada Kátia Esteves, responsável pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente da Polícia Civil, designada para chefiar as investigações, disse, em entrevista à imprensa, que é possível que o aplicativo seja retirado do ar.

Contudo ela não confirmou se a decisão judicial está relacionada à exposição da imagem de crianças e adolescentes na rede social. Como o processo corre em segredo de Justiça, a delegada não pode dar nenhuma informação adicional sobre o inquérito.


Com Agência Brasil