Familiares de Brasília Sueli Guaitili, de 60 anos, e Marlene Tereza Guaitilli, de 64 anos, solicitaram ao Ministério Público a intervenção para a retirada dos entulhos na residência das idosas e encaminhá-las para tratamento psiquiátrico.

A Polícia Civil encontrou no meio dos lixos acumulados R$ 7,9 mil em dinheiro, distribuídos em várias sacolas, junto com sujeiras, restos de comidas e fezes de rato. Segundo a irmã das idosas, Cleusa Guaitlli do Nascimento, que solicitou a ajuda, era impossível entrar no meio do lixo acumulado.

"Tudo o que elas ganhavam, elas escondiam em sacolas no meio dos lixos. Era impossível abrir sacola por sacola, uma vez que tudo estava misturado com comida, sujeira e fezes de ratos. Acredito que muito dinheiro tenha ido para o lixo", disse a irmã.

Uma das irmãs recusa deixar o delegado entrar na residência / Foto: Paulo Souza

A limpeza na casa das idosas começou na semana passada e só foi concluída na segunda-feira, 2, após a retirada de 35 caminhões de lixos misturados com objetos. O delegado Luiz Geraldo Dias, responsável pelo caso, disse que alguns objetos foram deixados na casa de Cleusa. "Eram peças de um enxoval que uma delas acumulava em um quarto. Tentamos não destruir aquilo e deixamos na casa da irmã delas", explica Dias.

O MP, a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Samu, retiraram as duas idosas da casa. As duas viviam em situação precária no bairro Vila Tibério em Ribeirão Preto. Embora tenham resistido, elas foram levadas do imóvel, que tinha duas casas no terreno, e encaminhadas para tratamento psiquiátrico.

Assim que ficarem prontos os laudos médicos e da perícia, o caso passará a ser acompanhado pela Justiça e pela Secretaria de Assistência Social, que determinarão o responsável legal pelas propriedades e os profissionais que farão os acompanhamentos médico e psicológico das idosas.


Com Ribeirão e França EPTV