Menu

LinkedIn lança recurso de cursos online com aulas em português

No Brasil desde novembro de 2011, o LinkedIn teve uma evolução quase viral, é o que diz Milton Beck, diretor geral da empresa para a América Latina. A rede social profissional que começou no país com apenas 6 milhões de usuários se expandiu para 34 milhões.

Reprodução/InternetReprodução/Internet

“Os primeiro usuários eram pessoas muito envolvidas em tecnologia e profissionais com média gerência. Hoje a rede cobre todo tipo de profissional, desde os jovens saindo de escolas técnicas e universidades até CEOs e presidentes de conselhos”, fala o diretor.

Funcionário mais antigo da rede social no Brasil, Milton Beck deu uma entrevista para falar sobre o novo passo da plataforma no país: o LinkedIn Learning.
A ferramenta já está disponível em cinco idiomas, tem mais de 15 mil cursos globais e agora passa a oferecer também formações online para os usuários brasileiros que quiserem atualizar habilidades e impulsionar suas carreiras.

Em primeiro momento, serão 82 cursos em português. Em um ano, eles esperam disponibilizar 200. Os assuntos e habilidades são variados, mas ao concluir um curso, seu certificado ficará no seu perfil.

Com o recurso, quem concluir um curso poderá compartilhar a conquista no seu feed de notícias, fazer recomendações e conferir as aulas que estão em alta entre profissionais da sua área.

Há cursos, por exemplo, para quem quer dominar o Excel ou PowerPoint. Mas, os temas comportamentais dominam: 66 dos 82 cursos são focados nas chamadas soft skills. Os usuários poderão aprender e certificar que possuem um treinamento em temas liderança, resiliência, mentoria, foco, entre outras.

Segundo Beck, as empresas começaram a perceber a importância de desenvolver seus funcionários para que trabalhem bem em conjunto e para um objetivo comum. “Nessa época de tecnologia, o profissional faz a diferença e deve continuar se desenvolvendo para não ficar ultrapassado”, diz ele.

A criação de conteúdo dentro do LinkedIn já tem crescido com a presença de influenciadores de carreira e uma média de 12 mil artigos escritos por semana. Assim, os cursos também contarão com o conhecimento de algumas dessas personalidades de destaque da rede. A especialista Flavia Gamonar, por exemplo, dará aulas de como aproveitar ao máximo os recursos da rede.

O recurso do Learning funcionará através de assinatura ou por meio da versão Premium. Alguns conteúdos serão abertos para todos. O curso de Flavia Gamonar, por exemplo, é gratuito, mas a maioria do conteúdos é paga.

Confira a entrevista completa com Milton Beck sobre a rede social e o mercado de trabalho no Brasil:

Desde que chegou ao Brasil, como o LinkedIn se transformou? Como está o crescimento da rede no país?

Milton Beck: Começou em novembro de 2011 e hoje sou o funcionário mais antigo. Entramos no Brasil com 6 milhões de usuários. E começamos a explicar a importância de ter um perfil no LinkedIn, que aquilo não era um currículo. Na época, diretores e CEOs tinham receio de colocar o perfil, pois parecia que estavam procurando emprego. É bem interessante ver que isso mudou. Eu argumentava: se o Bill Gates tem um perfil, ele está procurando emprego? E então a rede evoluiu de uma forma quase viral, com aceitação massiva da plataforma. Desde 2012, temos crescido quase 100 mil novos usuário toda semana. De 6 milhões para 34 milhões em 2018.

A partir de então, começamos a mostrar todos os benefícios que os profissionais poderiam ter ao usar o LinkedIn, de poder se sobressair mais, alavancar a carreira, ter conhecimentos extras, fazer seu networking e também procurar oportunidades. O LinkedIn era uma coisa nova, as outras redes sociais eram voltadas para o entretenimento. Entramos no Brasil, agora operamos a América Latina inteira.
E como mudou a relação do brasileiro com a plataforma?

Milton Beck: No começo, os primeiro usuários eram pessoas muito envolvidas em tecnologia e profissionais com média gerência. Se pegar a pirâmide de cargos, estávamos no meio. Expandimos para a base e para o topo, hoje a rede cobre todo tipo de profissional, desde os jovens saindo de escolas técnicas e universidades até CEOs e presidentes de conselhos.

Acho que a importância está na mudança do método de procurar oportunidades, que estava relacionado a enviar o currículo e torcer para ser escolhido. Isso evoluiu de moda que hoje tentam entender melhor o que as empresas buscam, conhecer mais o mercado, ler o conteúdo do feed, fazer networking. Hoje sabemos que dois terços das pessoas na plataforma não estão procurando emprego, mas que o perfil virou um cartão de visitas, onde você faz contatos e investe tempo na evolução da carreira.

Por que trazer o LinkedIn Learning pro Brasil?

Milton Beck: Acho que está dentro do valor que temos para o usuário de ajudar a alavancar sua carreira. Muitas vezes suas habilidades não eram mais válidas e procuram por novas, queremos ajudá-los a se desenvolverem e saber quais habilidades precisam aprender. Partindo dessa premissa, o LinkedIn comprou o Lynda, que possuía milhares de treinamentos e o incorporou a plataforma.

Não só os cursos são interessantes, mas o site ajuda a indicar o melhor curso segundo seu perfil. São 82 cursos agora com foco em cursos de soft skills, não apenas para aprender Excel ou programação, como saber a melhor forma de enfrentar conversas difíceis, estabelecer empatia em reuniões e enfrentar adversidades.

Qual a importância de uma ferramenta de educação a distância na rede do LinkedIn no Brasil?

Milton Beck: Não sou a pessoa mais apta para falar sobre o assunto, mas ela traz diversas oportunidades. A disponibilidade de cursos, considerando o tamanho do Brasil e a busca pelos melhores conteúdos com melhores professores fica limitada. Mesmo em São Paulo, às vezes não temos disponibilidades para enfrentar o trânsito e ir a um curso. É uma tendência mundial, no online temos os melhores professores com uma boa curadoria e cursos mais baratos, que pode fazer a qualquer hora, com toda flexibilidade.

Que habilidades você vê que têm maior demanda no mercado brasileiro?

Milton Beck: As empresas na Europa, nos Estados Unidos e aqui no Brasil, seguindo tendências de fora, percebem a importância cada vez maior de desenvolver seus profissionais, de valorizá-los. Nessa época de tecnologia, o profissional faz a diferença e deve continuar se desenvolvendo para não ficar ultrapassado.

E que habilidades estão mais escassas?

Milton Beck: Não acho que tenha uma escassez. Com o número enorme de desempregados no país, na área de RH ainda se fala na dificuldade de achar o profissional ideal. O que tiro disso é que eles querem mais do que preencher uma vaga. Para a maior parte das vagas sendo criadas, no momento tecnológico, o profissional certo para qualquer área precisa entender como entram as novas tecnologias nessas funções.

Recrutadores e a área de RH têm incorporado cada vez mais tecnologia em seus processos, como isso afeta o uso do LinkedIn?

Milton Beck: Nos últimos anos, aumentou a importância do profissional com vantagem competitiva. Empresas mais bem-sucedidas anos atrás tinham um cúpula importante e queriam contratar os melhores ali. Para a base de trabalhadores, o importante era preencher a vaga.

Vimos uma mudança nessa priorização das funções. A vantagem competitiva não apenas no topo, mas precisa de pessoas na base e no meio com contratações de alta qualidade. E as empresas entenderam que vão precisar de tecnologia para isso. O LinkedIn entrou aí, as empresas começaram a ver a chance de alavancar sua marca empregadora e procurar profissionais alinhados com seu perfil. E buscam de forma mais agressiva, procurando onde os profissionais estiverem, não se concentrando apenas nos que estão buscando emprego. E usam o LinkedIn de forma ativa para recrutar.

Como você vê o momento do mercado de trabalho no Brasil?

Milton Beck: Vejo uma recuperação quando analisamos as métricas dentro do LinkedIn pelo interesse das empresas. Em época que não recrutam, mostram menor interesse. Quando aquece o mercado, há um acréscimo na plataforma. Estamos vendo isso. Estou otimista com a recuperação, mas não dá para dizer a velocidade que acontecerá.

Com Exame



Publicidade

+ Brasil

Justiça mantém prisão de mulher que tentou obter empréstimo com cadáver do tio

Justiça mantém prisão de mulher que tentou obter empréstimo com cadáver do tio

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, em uma audiência de custódia realizada na quinta-feira (18), que Érika ...

André Marques revela batalha pessoal contra vício em tabaco

André Marques revela batalha pessoal contra vício em tabaco

O ex-apresentador da Globo, André Marques, expressou em suas redes sociais a luta que enfrenta contra o vício em cigarro...

Dicas de viagem: 8 aplicativos que todo viajante deveria conhecer

Dicas de viagem: 8 aplicativos que todo viajante deveria conhecer

É fato: a tecnologia continua facilitando a vida dos viajantes aqui no Brasil e ao redor do mundo. Com o surgimento de n...

Número de mortes por dengue em 2024 bate novo recorde e já é o maior do século no Brasil

Número de mortes por dengue em 2024 bate novo recorde e já é o maior do século no Brasil

Apenas neste ano, a dengue foi responsável pela morte de 1,5 mil indivíduos. A diminuição dos recursos do Ministério da ...

STF vai julgar novamente bloqueio do Telegram no Brasil; entenda o caso

STF vai julgar novamente bloqueio do Telegram no Brasil; entenda o caso

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai reavaliar uma decisão liminar de 2016 que suspendeu o bloqu...

Confira agora os documentos confidenciais de Moraes divulgados pelo congresso dos EUA

Confira agora os documentos confidenciais de Moraes divulgados pelo congresso dos EUA

A ala republicana da Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA publicou um relatório acusando o Brasil de...

FMI piora projeção fiscal do Brasil e estima superávit somente após o final do Governo Lula

FMI piora projeção fiscal do Brasil e estima superávit somente após o final do Governo Lula

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo suas estimativas fiscais para o Brasil, prevendo déficits primá...

Embarcação encontrada no Pará tinha como destino Ilhas Canárias, diz PF

Embarcação encontrada no Pará tinha como destino Ilhas Canárias, diz PF

Nove corpos foram encontrados em uma embarcação artesanal à deriva no litoral do Pará no último sábado (13). A Polícia F...

Começa hoje (17) o pagamento do Bolsa Família e Auxílio Gás de abril pela Caixa Econômica Federal

Começa hoje (17) o pagamento do Bolsa Família e Auxílio Gás de abril pela Caixa Econômica Federal

A Caixa Econômica Federal inicia o pagamento da parcela de abril do Bolsa Família. Nesta quarta-feira (17), os beneficiá...

VÍDEO: mulher leva morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo de R$ 17 mil e pede a ele: 'Assina'

VÍDEO: mulher leva morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo de R$ 17 mil e pede a ele: 'Assina'

Em um episódio perturbador ocorrido nesta terça-feira (16), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma mulher foi detida após ...

O SeteLagoas.com.br utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência!
Termos