O Brasil tem o equivalente a apenas metade da população, ou 53,2%, com acesso à rede de esgoto, apontam dados do Ministério de Desenvolvimento Regional referentes a 2018. No ano anterior, esse índice era de 52,4% – avanço de apenas 1,5%. O balanço mostra ainda que, do total de esgoto gerado, só 46,3% é efetivamente tratado.
Na prática, os números mostram que o país mantém a tendência de avanço lento no acesso ao saneamento básico – cenário em que o acesso à rede de esgoto continua como maior gargalo.
Os dados, divulgados ontem, são de nova edição do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (Snis), plataforma que recebe informações de empresas e municípios responsáveis pela prestação desses serviços.
Além da rede de coleta e de tratamento de esgoto, o balanço traz dados do abastecimento de água, da coleta de lixo e da drenagem.
Em 2018, 83,62% da população tinha acesso à rede de atendimento de água. Para comparação, no ano anterior, esse índice era de 83,47% crescimento de 0,12%).
Já a coleta de lixo tem na destinação adequada seu maior entrave hoje no país. De acordo com o Snis, do total de resíduos coletados, 24,4% são enviados a lixões e aterros controlados, modelo que gera um maior impacto ambiental.
Os dados foram divulgados às vésperas da previsão para que seja votado, na Câmara dos Deputados, um novo marco legal para o saneamento básico, que visa ampliar a participação da iniciativa privada nos serviços de água e esgoto. O ministro de desenvolvimento regional, Gustavo Canuto, aproveitou para fazer um apelo para que parlamentares aprovem a proposta.
Com Super Notícia