Qual o limite da liberdade de expressão? Até onde uma piada veiculada nas redes sociais pode ser considerada crime? A ética social também vale para a internet? Essas são algumas questões levantadas em um dos eventos realizados dentro do 2º Congresso UNIFEMM, que acontece até esta quarta-feira, 1º de outubro. Nessa terça-feira, 30, foram dezenas de trabalhos apresentados e uma extensa programação com mesas de discussão e debates de diversos assuntos.

Encerramento do evento será nesta quarta / Foto: Divulgação

Junto com os professores do UNIFEMM, Giuliano Fernandes e Eduardo Bedoya, o professor da Escola Superior de Advocacia, Caio Brandão Albuquerque tratou sobre o tema do abuso na utilização das redes sociais e suas consequências nos planos jurídico, ético e moral. Para ele, se a internet tem seu lado positivo, de democratizar a informação e incluir o cidadão nas discussões sociais, por outro há o aspecto negativo, de dar voz aos abusos. “Principalmente as redes sociais, que trazem diversas vítimas. E é necessário, dentro disso, não só entender como funciona as ferramentas atuais para se coibir esses abusos, se elas funcionam ou não, e como melhor se comportar nas redes sociais”, avaliou.

Para Caio Albuquerque, essa postura nas redes sociais pode proteger a própria pessoa. “Além disso, evita que ela pratique algum ato ilícito, sem ela nem mesmo saber”, observou. Para ele, o Marco Civil da Internet, aprovado e sancionado no primeiro semestre deste ano, veio detalhar o que já era definido como lei em Constituição. “Mudou apenas algumas coisas, como a neutralidade das redes sociais e da própria internet em si, para evitar que empresas sejam privilegiadas”, explicou. Mesmo assim, ele avalia que a sociedade ainda está engatinhando quando se trata de leis ou ética na internet. “A nossa primeira grande lei sobre o assunto é de 2014. Então não temos nem um ano de legislação e várias coisas ainda serão entendidas melhor pelos nossos tribunais”, poderou.

Nutrição – Outro tema polêmico discutido neste segundo dia do Congresso UNIFEMM foi a alimentação, o uso dos suplementos alimentares e esteroides anabolizantes. Junto com a professora de Educação Física Jucimar Rodrigo Moreira, dos nutricionistas Rodrigo Paiva e Marina Andrade Batista, a nutricionista Carmem Zita Pinto Coelho, avaliou a utilização dos suplementos alimentares de forma indiscriminada e sem orientação. “Como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa classifica como alimento, os suplementos podem ser adquiridos com uma prescrição simples. Mas o uso em excesso e sem orientação, pode causar problemas de desequilíbrios”, revelou.

Além das temáticas polêmicas, o 2º Congresso UNIFEMM também apresentou nesta terça-feira, o projeto Trilhando Competências, com a participação de todos os alunos das Ciências Gerenciais, como Engenharias. Os estudantes fizeram trabalhos que ligavam as teorias à prática, com foco na inovação, empreendedorismo e liderança. Foram dezenas de trabalhos apresentados ao longo do dia. A programação ainda contou com uma amostra de curtas-metragens, mostra de banners de Trabalhos Integrados de Enfermagem e Nutrição, dentre outras atividades.

Encerramento – Nesta quarta-feira, 1, será realizado o encerramento do Congresso, com uma extensa programação cultural gratuita, aberto à toda população. O evento terá shows do cantor e compositor Paulinho Pedra Azul, do quarteto Cobra Coral, dentre outras atrações.

Ascom Unifemm