Apesar dos protestos, funcionários do McDonald’s da cidade dizem não aderir às manifestações
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No início desta semana cerca de 2.000 pessoas se reuniram no vão do Masp, na Avenida Paulista, para protestarem pelos direitos trabalhistas dos funcionários do McDonald´s no Brasil.Os funcionários da multinacional alegam que os motivos para o protesto tem a ver com as horas excessivas de trabalho, assédio moral e salários defasados, sendo que 40 países onde a rede se faz presente estão reivindicando outras melhorias.
A entidade que representa o Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços em geral de Hospedagem, Gastronomia, Alimentação Preparada e Bebida a Varejo de São Paulo) fez um comunicado a imprensa nacional ressaltando a insatisfação e a falta de comprometimento da rede para com os funcionários.
No Brasil, em fevereiro, funcionários da empresa em São Paulo ganharam na Justiça o direito de fazer com que ela pague exatamente o que a categoria deve receber. Cerca de 45.000 pessoas trabalham para o McDonald´s no Brasil, sendo que 60% delas estão no estado paulista.
De acordo com a funcionária responsável da rede que opera no Shopping Sete Lagoas, as pequenas franquias não aderem a essas manifestações. “Nas grandes cidades, como Brasília e São Paulo isso é comum. No nosso restaurante a jornada de trabalho é de seis ou sete horas por dia, portanto, não nos sentimos lesados”, afirma.
Em nota, a companhia informa que respeita todas as manifestações sindicais e esclarece que os 46 mil funcionários da empresa são representados por 80 sindicatos em todo o País, conforme orientação do Ministério do Trabalho. "Temos convicção do cumprimento da legislação, seguida pela companhia desde a abertura do seu primeiro restaurante brasileiro, há 36 anos", afirma a companhia.
Por Naiara Barbosa com Revista Exame