Pescaria e muita sujeira marcam cenário da Lagoa Cercadinho
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Nelson Caetano, 57, também recrimina a ação de vândalos e defende a presença de famílias na Lagoa Cercadinho, que é um local público. “Aqui havia lixeiras, mas foram todas destruídas. Apesar da falta de estrutura e melhor monitoramento do poder público, a Cercadinho hoje ganhou cara nova com a presença de idosos, crianças e diversas famílias que vêm, principalmente no final de semana, curtir uma pescaria sadia, por pura diversão”, afirma. O aposentado conta que costuma pescar traíras e tilapias entre 25 e 30 cm.
Um dos moradores da orla – local nobre de Sete Lagoas - que preferiu não se identificar, não condena a pesca, mas a depredação e a falta de melhor estrutura. Segundo ele, a prática é diversão garantida para famílias carentes e crianças que, na falta de opções, encontraram na Lagoa Cercadinho uma boa alternativa de entretenimento. “Na orla não tem lixeira e a ausência da guarda municipal não inibe certos abusos. Sem autoridades para monitorar a pesca, a presença de alcoólatras no local virou uma constante. É uma atividade sadia, mas é preciso certo controle, até mesmo para manter o local propício para ser freqüentado por crianças e dezenas de famílias que vem até aqui nos finais de semana”, avalia.
Procurado pela reportagem, o secretário do Meio Ambiente, Lairson Couto, afirmou que a pesca nas lagoas do município não é proibida, desde que não seja predatória, com redes e similares. No entanto, admitiu que falta melhor estrutura para evitar o acúmulo de sujeira e destruição do local, inclusive a Lagoa do Cercadinho. “Já existe projeto de revitalização que visa a educação ambiental dos frequentadores das nossas lagoas. A estrutura também precisa ser melhorada, para receber os visitantes”, afirma. No entanto, o secretário disse que não há previsão para o projeto ser colocado em prática.
Celso Martinelli