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Torcedor democratense conta sua versão sobre briga com família de jogador do Galo

A partida entre Democrata e Atlético B parece não ter encerrado apenas nas quatro linhas. Apesar da goleada do Jacaré sobre o Galo, diversas situações marcaram o confronto válido pela Segunda Divisão do Campeonato Mineiro em Sete Lagoas.

Ao início do segundo tempo entre as duas equipes, aconteceu uma confusão entre torcedores do Democrata e parentes do zagueiro Rodrigão, atleta do Atlético B, que estavam presentes na partida. O torcedor do Democrata Camilo Reis e o irmão do jogador se estranharam, e a mãe do zagueiro, Jaqueline de Souza caiu ao chão, batendo a cabeça e sendo levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Foto: reprodução vídeo / via WhatsAppFoto: reprodução vídeo / via WhatsApp

Segundo o boletim de ocorrência Jaqueline conta que Camilo Reis a agrediu com um soco, fazendo ela cair. Segundo a mesma, o torcedor do Democrata havia xingado o filho Rodrigão e a família, vinda de Brasília especialmente para acompanhar a partida, não aceitou os insultos.

Já Camilo Reis comenta que agia como um “torcedor comum”: “As palavras que uso não são de baixo calão, e são no intuito de desconcentrar os jogadores adversários, nada é feito em direção à torcida”, conta. O torcedor democratense disse que pegava no pé de alguns jogadores do Galo, inclusive Rodrigão, que teria falhado e permitido ao Democrata ter feito dois gols.

“Eu disse para o Rodrigão: ‘Tira a braçadeira de capitão. Você é um bosta’. Nisso o irmão do jogador veio e falou para mim ‘Vou te mostrar quem é bosta’ e me deu um soco. Tanto a mulher dele quanto a mãe tentaram apartar a confusão, foi quando ela caiu ao solo. Eu não a agredi. Estou sendo acusado injustamente”, afirma Camilo.

Após o incidente, segundo Camilo Reis, ele foi prestar queixa à policiais presentes no jogo e que foi retirado pelos mesmos para averiguar os fatos. Uma ambulância socorreu Jaqueline, e outra estava de prontidão, mas não tinha um desfibrilador, e por isso, o jogo ficou paralisado até a chegada da primeira ambulância com o equipamento para dar sequência.

Mas a briga não foi apenas um fato isolado. Segundo o Atlético, a diretoria do Democrata criou um “clima hostil” para a equipe, onde o presidente executivo do Jacaré Jaime Ribeiro teria mal recepcionado a delegação alvinegra desejando “um mau dia”. Também segundo o Galo, o presidente também estaria xingando e ameaçando os jogadores atrás do gol atleticano.

O presidente do conselho deliberativo do Democrata Gustavo Miranda negou todas as acusações do Atlético em relação à atuação do presidente executivo. E completou que uma pessoa ligada ao Atlético tentou agredir Jaime Ribeiro: “Veio alguém uniformizado, da delegação, que tentou agredir o presidente no fim do jogo. Inclusive quase também que agridem a mãe de um dos nossos atletas”, complementa Gustavo.

Torcedores que foram ao jogo comentaram da sensação de insegurança na partida, tendo apenas um pequeno efetivo para quase 2 mil pessoas. A diretoria do Democrata afirma que, por regulamento da Segunda Divisão do Mineiro, a segurança deve ser feito pela Polícia Militar, tanto que o Jacaré fez duras críticas à ação da PM na partida.

Filipe Felizardo



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