Na sexta-feira (15), um dos programas mais elogiados do Brasil, por seu alcance social e promoção da segurança alimentar, completa 35 anos em Sete Lagoas. As hortas comunitárias cortam bairros da área urbana do município e é sucesso no cultivo de uma grande variedade de verduras.
“O alcance deste projeto é enorme. Por isso sempre vamos manter os investimentos que garantem suporte para os produtores. Além de renda para quem trabalha, as hortas oferecem alimentos de qualidade para muita gente e também para nossos alunos”, comenta o prefeito Leone Maciel.
O projeto garante renda e ocupação para 320 famílias, totalizando cerca de 1400 pessoas beneficiadas direta ou indiretamente. Os canteiros estão nos bairros Vapabuçu, JK, Nova Cidade, Cidade de Deus, Bernardo Valadares, Barreiro, Montreal e Canadá que, somados, ocupam uma área de 23 hectares.
Para tal exploração, a Prefeitura exige apenas uma contrapartida das famílias. É solicitado que o produtor reserve um canteiro, em sua área de produção, exclusivamente para o cultivo fornecido para compor o cardápio de merenda das escolas da rede municipal de ensino.
Cada família recebe, em média, uma área de 360 metros quadrados e a Prefeitura fornece toda infraestrutura como área cercada, água encanada, ferramentas, micro-trator, energia elétrica e estufas para mudas. “Ainda oferecemos insumos produzidos na fábrica de compostagem e transporte para levar os produtos até às tradicionais feiras da cidade”, completa Bruno Violante, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo.
Além das feiras, a produção que não para durante todo ano é vendida nas próprias hortas (diretamente pelos produtores), sacolões, supermercados e também de casa em casa. Foi com esta venda na porta do consumidor que surgiu o projeto “Direto da Horta” que consiste na montagem de uma cesta de produtos que é entregue diretamente na casa do cliente. Basta encomendar. “Este projeto deu tão certo que a Prefeitura está oferecendo transporte para entregar as encomendas fechadas em Belo Horizonte”, finaliza o secretário.
Há pouco mais de dez anos, foi iniciado o trabalho para fortalecimento dos produtores. O caminho indicado foi a criação de associações para que cada horta pudesse ter sua representação. Atualmente, são seis organizações que buscam soluções para diversas necessidades como o debate de problemas comuns, soluções coletivas e garantia de assistência técnica. Vale ressaltar que, além da Prefeitura, o trabalho conta, desde sua concepção, com apoio técnico da EMATER.
Nos seus 35 anos de existência, as hortas comunitárias se tornaram referência não só para Minas Gerais, mas para todo o país. Constantemente representantes de diversos municípios visitam Sete Lagoas para conhecer de perto o funcionamento do programa. Em eventos onde são debatidas políticas de combate à fome, os casos de sucesso que ocorrem graças à parceria com o poder público do município são sempre destaque.
Famílias por bairro
Vapabuçu – 78
JK – 65
Nova Cidade – 53
Cidade de Deus – 33
Bernardo Valadares – 12
Barreiro – 26
Montreal/Canadá – 53
Da redação com ASCOM PMSL