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Procedimento de captação de córnea está sendo realizado no Hospital Municipal

O Hospital Municipal Monsenhor Flávio D´Amato,  foi habilitado pelo MG Transplantes para realizar procedimentos de captação de córneas. No dia 10 de março foi realizada, pela equipe do HM, a primeira enucleação (retirada de globo ocular) na instituição.

As enfermeiras Fernanda e Beatriz/ Foto: Ascom SMS/SLAs enfermeiras Fernanda e Beatriz/ Foto: Ascom SMS/SL

Desde 2009 o Hospital Municipal já possuía a chamada Comissão Intra – Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), composta por profissionais multidisciplinares (médicos, enfermeiros, psicólogos) que atuavam na conscientização de colegas e também de familiares de pacientes sobre a importância da doação de órgãos e tecidos.

Após a identificação de doadores em potencial e a obtenção do consentimento pela família dos doadores, entrava em cena do time do MG Transplantes, que realizava, no próprio HM, a captação dos órgãos. “O trabalho da CIHDOTT é de fundamental importância para a conscientização das famílias dos doadores, visto que a lei brasileira, atualmente, exige uma autorização familiar expressa para a coleta dos órgãos. Portanto, nenhum procedimento é realizado sem o consentimento de um familiar de primeiro grau, como filhos, esposa, marido, pais ou irmãos”, explica a enfermeira Beatriz Fonseca, que coordena a comissão.

Beatriz, assim como a enfermeira Fernanda Duarte, está entre as profissionais capacitadas e habilitadas pelo MG Transplantes para executar o procedimento de enucleação no HM. “Até pouco tempo atrás, sempre que as famílias autorizavam a doação das córneas, a equipe do MG Transplantes vinha até o HM para realizar a enucleação. Para facilitar essa logística, já que a retirada e o transporte das córneas para o Banco de Olhos em Belo Horizonte precisam ser feitos em no máximo seis horas após o óbito, o procedimento agora é feito por pela equipe do Hospital”, explica Beatriz Fonseca, que esclarece ainda que o procedimento exige a retirada de todo o globo ocular, e que as córneas são extraídas e preparadas para o transplante posteriormente, por oftalmologistas do próprio Banco de Olhos. “Muitos familiares têm receio de autorizar a doação por uma questão estética. Então é bom esclarecer que após a retirada do globo ocular, uma prótese é colocada no lugar, o que, esteticamente, não interfere na aparência de seu ente querido”, conta a enfermeira.

Em Minas Gerais, segundo o MG Transplantes, 977 pessoas estavam na fila, no fim de 2017, à espera de um transplante de córneas. Diferentemente de outros tecidos e órgãos, o doador de córneas não precisa ter tido morte encefálica. “Ainda assim, há uma série de exigências e requisitos legais e de caráter médico para que um paciente em óbito se qualifique como doador de córneas. Essa análise é feita pela CIHDOTT antes mesmo de a família ser abordada sobre a autorização, e a retirada, reitero, somente é realizada após o consentimento”, explica a enfermeira Fernanda Duarte.

Com a habilitação pelo MG Transplantes, Beatriz Fonseca, coordenadora da CIHDOTT do Hospital Municipal, acredita que o fato de o procedimento de enucleação poder agora ser feita pela própria equipe do HM vai aumentar a captação de córneas e contribuir com a redução da fila de pacientes que aguardam por esse tipo de transplante. “Temos que agradecer muito à Secretaria de Saúde, na pessoa da secretária Vanessa Lopes, ao Dr. Caio Dutra, que tanto nos apoiou nesse processo e assumiu a responsabilidade técnica, e a toda equipe do HM que não mediu esforços para que essa habilitação fosse possível”, conclui.

Da redação com Ascom SMS/SL



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