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Sete siderúrgicas voltaram a funcionar em Sete Lagoas em 2018; há previsão para mais reaberturas

O setor metalúrgico enfrentou grave crise nos últimos anos em Sete Lagoas. Responsável por movimentar a economia local e representar a cidade no comércio exterior, o ramo da siderurgia começa a reagir positivamente nesta reta final de ano.

Ernane Dias preside o SindSete há 14 anos/ Foto: Alan JunioErnane Dias preside o SindSete há 14 anos/ Foto: Alan Junio

De acordo com Ernane Dias, que preside o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Sete Lagoas (SindSete) há 14 anos, existem atualmente 18 siderúrgicas com fornos funcionando no município.

Deste número total, cinco operam com dois fornos (Usipar, Bandeirantes, Fergusete, Plantar e AVG). As demais (Sete Gusa Eireli -antiga Itasider; Sama -Santa Marta-; Sidermin; Multifer -antiga Metalsete-; Tecnosider; Barão de Mauá; Viena; Sidercop; Multifer; CSS Siderurgia; Gerdau; IFG; Betser -antiga Terra-), têm apenas um forno em atividade.

Ainda permanecem fechadas, a Cossisa; Noroeste; Insivi; Interlagos; Siderpan e MGS -Minas Gerais Siderurgia-. Ernane afirma que a Cossisa, mesmo fechada, ainda tem cerca de 40 funcionários cuidando do forno.

Segundo o presidente do SindSete, há previsão para a reabertura de mais duas siderúrgicas. Uma delas é a Interlagos, que assinou um acordo na 32ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, porém a empresa ainda não realizou o depósito para a liberação inicial das atividades.

A outra é a MGS, que de acordo com Dias, trabalhos de reforma de forno e reconstrução de áreas já estão sendo realizados na siderúrgica.

Além destas, Ernane afirma que existem informações extraoficiais de outras empresas que também estariam negociando para voltarem a operar. “A gente ouve dizer que a Cossisa vai retomar suas atividades. Também, que a Sidermin estaria arrendando um forno que está parado. A Noroeste está prestes a ter novo leilão. Ela já foi leiloada outras vezes, mas possui uma dívida muito alta. Inclusive, a juíza já nos disse que existem pessoas interessadas e que ela iria marcar o leilão, porém agora com o recesso judicial, deve ficar para o próximo ano,” revela o presidente.

Dívidas trabalhistas

Ernane relata que algumas indústrias metalúrgicas ainda possuem débitos trabalhistas. Segundo ele, as empresas que mais devem, em ordem de maior valor são a Noroeste, Siderpan e Interlagos. “Ainda existem resíduos para serem pagos da antiga Siferboca (CSS); antiga Terra (Betser) e Fergubrás, que hoje é Usipar,” enfatiza.

Empregos no setor

Uma estimativa feita pelo próprio presidente do SindSete, apontou que existem hoje cerca de 3.200 empregos diretos nas siderúrgicas do município. “O número de trabalhadores depende do tamanho do forno. Os fornos menores, em média, empregam diretamente 105 funcionários,” afirma Dias.

No total, incluindo todos os trabalhadores metalúrgicos, de oficinas mecânicas, retíficas, dentre outras funções, o setor é responsável por empregar aproximadamente 7.500 funcionários em Sete Lagoas.

Para Ernane, as expectativas são as mais positivas para o próximo ano. “As noticias que temos é que a classe empresarial está bastante otimista, principalmente porque o novo governo assume em 2019. É claro que a gente sempre fica preocupado, pois o preço do gusa tem oscilado bastante nos últimos anos, mas neste momento, acredito que exista uma coisa muito boa porque senão ninguém estaria retomando suas atividades,” explica.

Até junho de 2018 só havia 11 siderúrgicas com fornos ligados em Sete Lagoas. Agora, já são 18 e ainda há perspectivas para reabertura de outras. Estes números mostram outro lado que preocupa o presidente do SindSete e os próprios empresários. Segundo Dias, se houver o excesso de gusa e o preço da exportação cair, isso pode acabar resultando em fechamento de fornos e consequentemente, em demissões. “Não podemos duvidar, temos que acreditar porque precisamos é de geração de emprego,” assegura Ernane.

Setor de autopeças

O mercado automotivo indica um aquecimento inicial. Segundo Ernane, o número de demissões se estabilizou. A Iveco ainda é o carro-chefe do setor, seguida pela OMR, Sodecia e ASK do Brasil.

Associados do SindSete

De acordo com Ernane Dias, ainda não existe uma obrigatoriedade na convenção do setor de siderurgia exigindo que as empresas ofereçam convênio médico aos funcionários. “Aqui no SindSete temos convênios médico e odontológico para o associado e seus familiares. Também oferecemos seguro de vida, auxílio funeral, convênio com laboratórios clínicas e instituições educacionais a preços bem acessíveis,” explica o presidente.

Para saber mais procure o SindSete na rua das Violetas, nº 38, no bairro Catarina em Sete Lagoas. Ou ligue (31) 3773-3556/3774-5123.

 

Por Nubya Oliveira



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