Às vezes como vilão. Em outras como mocinho. Assim como em um filme, o tomate e a batata se tornaram personagens com altos e baixos na preferência do consumidor. Com o período de safra, ambos foram os principais responsáveis pela queda no preço da Cesta Básica praticado no município. Segundo a pesquisa do Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais (NEES), do Centro Universitário de Sete Lagoas (UNIFEMM), em agosto houve uma redução de 2,61% no custo médio da cesta na cidade, se comparado com o mês anterior. O levantamento mensal é realizado em 15 estabelecimentos comerciais do município.

Com esta queda, a Cesta Básica de Consumo Restrito, com 13 produtos e indicada para a alimentação de um trabalhador adulto durante um mês, custou ao consumidor de Sete Lagoas R$ 304,39 e representa 38,63% do salário mínimo vigente no país. Em 2015, a cesta acumula uma alta de 6,30%. A pesquisa do NEES indica que o tomate caiu 13,67%, acompanhado da batata, com uma queda de 12,66%, além do leite tipo C (-9,03%) e o arroz tipo 1 (-6,78%). Por outro lado, a banana caturra aumentou 14,4%, junto com a manteiga pote 500 gramas (4,97%).

O tomate teve queda de 13,67% na cesta básica / Foto: brasil247.com

A Cesta Básica de Consumo Familiar, composta por 45 produtos, indicada para uma família de quatro pessoas, seguiu a mesma tendência e teve uma queda de 1,81% no mercado de Sete Lagoas. O preço da cesta, que inclui 36 produtos de alimentação, quatro de limpeza e cinco de higiene pessoal, foi de RS 633,36 em agosto, o que representa 80% do salário mínimo. A cesta familiar acumula neste ano uma alta de 5,82%.

Com queda por dois meses consecutivos, a Cesta Básica Restrita é encontrada 11,46% mais barata se comparada com os preços encontrados em Belo Horizonte, segundo a pesquisa do IPEAD. O instituto de pesquisa da UFMG também indica que o tomate apresentou redução no preço em 17 das 18 capitais pesquisadas, ligada à boa produtividade do período de safras.

Variação dos produtos da Cesta Básica Restrita

Fonte: NEES/UNIFEMM

Ascom Unifemm