Meio Ambiente quebra o silêncio sobre Parque da Cascata e insiste em compensação ambiental

Quarta, 18 Fevereiro 2015 14:10
Categoria: Cidades

Procurada no início do mês quando foi produzida uma reportagem sobre a situação do Parque da Cascata que pode deixar de existir, relembre AQUI, a secretaria de Meio Ambiente, enfim, se pronunciou sobre o assunto. Em um comunicado de duas páginas endereçado à redação do Sete Lagoas.com.br, a secretaria esclarece sobre a situação das capivaras que habitam o parque e a tão esperada compensação financeira, de mais de R$ 700 mil que o município aguarda da Iveco.

A nota foi enviada à redação na última sexta-feira, 13, e está assinada pela superintendente de Meio Ambiente e sustentabilidade, Nathália Freire de Oliveira, e pelo secretário da pasta, Luiz Adolpho Vidigal Borlido. As chuvas das últimas semanas deram uma revigorada na área (foto abaixo) principalmente na lagoa que estava praticamente seca. Além de contar com a ajuda necessária do céu, agora são necessárias ações para continuar a revitalização do espaço.

Lagoa do Parque da Cascata após chuvas das últimas semanas / Foto: WhatsApp

Confira o texto na íntegra.

Resposta ao Site setelagoas.com.br em relação às imagens do vídeo e aos questionamentos acerca do Parque da Cascata

A respeito da transferência das capivaras para o Parque da Cascata no ano de 2012, informamos que a mesma foi autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA – órgão este responsável por todo o processo e autorização no que se refere ao manejo de animais silvestres. Foram apresentados ao IBAMA mais dois locais apropriados além do Parque da Cascata, para a transferência dos animais ficando a cargo do mesmo a escolha do local definitivo, ou seja, aquele que seria de melhor adaptação dos animais. De acordo com as exigências cumpridas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade-SMMAS, o IBAMA optou pelo Parque da Cascata.

Durante o processo de transporte (19/12/2012 a 19/06/2013) a Polícia Militar de Meio Ambiente supervisionou todos os procedimentos. Para atender a qualquer questionamento da população sobre possíveis doenças, todos os animais foram vermifugados e ainda com a supervisão e acompanhamento do Médico Veterinário responsável pelo manejo das capivaras. Desde então, não foi constatada a presença do carrapato Amblyomma cajennense conhecido popularmente como “Carrapato Estrela”, que é o transmissor da Febre Maculosa.

Em relação à redução do espelho d'água da Lagoa do Parque da Cascata, a estiagem prolongada desde o início do ano de 2014, provocou a queda no nível da água das lagoas e de seus contribuintes, sendo muito marcante no caso da Lagoa do Parque da Cascata, que é uma lagoa artificial, planejada e construída no final dos anos 1980. Os dados coletados da estação meteorológica instalada na Embrapa Milho e Sorgo, indicaram que há um déficit de chuva de quase 70% na cidade, ocasionando aumento da temperatura e da evaporação (no caso das lagoas) diminuindo assim, a recarga desses mananciais e interferindo em seu balanço hídrico.

A SMMAS vem insistentemente negociando a utilização de um recurso referente a uma compensação ambiental no valor de R$760.000,00 junto à IVECO para aplicação na Serra de Santa Helena incluindo o Parque da Cascata. Este valor seria utilizado na criação de uma Brigada de Incêndio (compra de equipamentos e pagamento dos brigadistas), reforma das estruturas existentes para a reabertura do Parque e elaboração do Plano de Manejo da APA Santa Helena. No entanto o Ministério Público através do Ofício 456/2014-NF-MPMG-0672-14.004700-8 assinado pelo Dr. Ernane Geraldo de Araujo – Promotor de Justiça/Curador de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico e Cultural, Habitação e Urbanismo (que se mostrou sensível à importância da ação, conforme testemunhado pelo Sr. Ramom Lamar em seu Blog) impediu que fossem executadas as ações acima citadas. Infelizmente, a IVECO através do seu Advogado à época, o Dr. Ricardo Carneiro colocou como condição para resgatar a dívida junto ao meio ambiente e não ter problemas futuros, a manifestação da Promotoria do Meio Ambiente, a qual tendo sido contrária resultou nos desastres ocorridos na Serra de Santa Helena como incêndios, e ainda o fechamento do Parque da Cascata em virtude das condições em que o mesmo se encontrava.

Em meio aos procedimentos acima relatados, a SMMAS já tinha realizado o processo para aquisição de equipamentos e contratação da Brigada, o Termo de Referência para contratação da empresa que iria fazer o Plano de Manejo foi elaborado, foi realizada a inspeção por Engenheiros Civis em todas as estruturas existentes no Parque da Cascata (banheiros, lanchonete, portaria, trilhas, barragem e as outras edificações que lá se encontram) a fim de verificar o que precisava ser feito para sua reabertura de forma segura e que atendesse da melhor maneira possível os visitantes. Paralelamente a todas essa ações, a SMMAS desde então mantém os vigias diuturnamente todos dias da semana, de forma ininterrupta. A Codesel realiza a limpeza do Parque sempre que há necessidade e as capivaras estão sob a supervisão do Médico Veterinário responsável pelo manejo das mesmas.

Sete Lagoas, 06 de fevereiro de 2015.

Nathália Freire de Oliveira
Superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Luiz Adolpho Vidigal Borlido
Secretário Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Da redação

Mesmo com campanhas e alertas, “farra da água” continua em Sete Lagoas

Quarta, 18 Fevereiro 2015 09:10
Categoria: Cidades

Convidados a participarem através do envio de flagrantes de desperdício de água, os leitores do SeteLagoas.com.br têm registrado uma verdadeira “farra da água” na cidade. Nos vídeos abaixo as pessoas lavam os passeios tranquilamente com mangueira e até conversam com conhecidos sem se importarem com a crise que vive o Estado e o país.

Água vai embora enquanto papo fica em dia, no Canaan / Foto: Reprodução

Os flagrantes foram feitos na Rua Goiás, bairro Boa Vista, e na rua Senador Salgado Filho, na Canaan. “No momento em que chegamos o passeio já estava sendo lavado pela funcionária com o jato d'água da mangueira, sem a menor preocupação com a realidade de seca em que vivemos. O tempo em que ficamos estacionados, incluindo a gravação do vídeo, passaram-se uns dez minutos, aproximadamente. Quando fomos embora, o cenário permanecia o mesmo”, diz a autora do vídeo no Canaan indignada.

Os dois registros foram feitos na última semana e, segundo o autor, na Rua Goiás, um senhor fica por aproximadamente dez minutos com a mangueira aberta lavando passeio. No vídeo de 37 segundos é possível ver o senhor cumprimentando um motorista e conversando com uma pessoa que se aproxima sem se importar com a água quevai embora.

Apesar de nos flagrantes desta reportagem as pessoas ainda não terem se conscientizado que estão desperdiçando água e que o país vive uma grave crise hídrica, bons exemplos não param de aparecer. A dona de casa Izabel Campos Cançado, por exemplo, aposentou a mangueira e só limpa a casa e o passeio com água que armazena da chuva e com balde. “Além de não desperdiçar água as medidas estão fazendo bem para o meu bolso”, comemora Izabel que viu o valor da conta de água cair pela metade nos últimos dois meses desde quando mudou a rotina.

O alerta continua na tentativa de que mais pessoas façam como Leandro Marcio Diniz Campos que admitiu o desperdício e disse que vai mudar de atitude, relembre AQUI. A campanha continua e participe você também filmando ou fotografando o desperdício de água próximo de casa ou ao trabalho para que o SeteLagoas.com.br divulgue para que mais pessoas se conscientizem.