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Banda setelagoana 'Congadar' se apresenta neste sábado e domingo na capital mineira

A tão esperada turnê de retorno do Cordel do Fogo Encantado finalmente chega a Belo Horizonte e vem com um tempero mineiro. Para abrir o show do grupo pernambucano neste sábado, a produção escolheu a mistura dos toques cruzados das caixas de Congado com o rock do Congadar. A banda de Sete Lagoas faz no Music Hall o lançamento oficial do novo single e vídeo da música Senda do Tesouro, uma homenagem às diversas mulheres negras de luta e às amas-de-leite e, ao mesmo tempo, um grito de resistência. Os shows acontecem neste sábado (19) no Music Hall. As vendas dos ingressos online estão sendo feitas AQUI.

Foto: Gabie Linhares / Divulgação - CongadarFoto: Gabie Linhares / Divulgação - Congadar

Além da abertura para o Cordel, o Congadar ainda se apresenta no domingo (20) na festa Tambores do Brasil, realizado pelo Núcleo de Estudos de Cultura Popular – NECUP. Em seu quinto ano, o evento recebe nesta edição, além da banda, o sambista Rafael Soares, o bloco de maracatu Pata de Leão, a Bateria Imperador e o Tambor de Crioula. O evento é gratuito e começa às 15h. O NECUP fica na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no Prado.

SOBRE O CONGADAR - A força das culturas negras em uma só música

Das histórias de liberdade cantadas nas minas de ouro pelo escravo Chico Rei nasceram as festas do Reizado em Vila Rica. Já no lado de cima do continente, os lamentos dos negros nos campos de algodão às margens do Mississipi fez surgir o blues. Dois mundos que parecem tão distantes têm na identidade a mesma maternidade, a mãe África. Dessa mistura nasce o Congadar. A proposta da banda é buscar uma nova linguagem com forte ligação nas raízes culturais de Minas Gerais.

De um lado, o toque cruzado das caixas, os lamentos e marchas do congado entoados em três vozes. Do outro, a força da guitarra, baixo e bateria. A banda nasceu da soma de dois grupos, o Ganga Bruta+Congadar. Com o tempo, a busca por uma identidade única reuniu as forças das culturas em torno de apenas um nome, o Congadar.

Do Congado vieram as três vozes principais, com Carlos Saúva, Filipe Eltão e Wesley Pelé. O trio traz a sonoridade de raiz africana com as tradicionais caixas de congo. Por outro lado, vieram do blues os guitarristas Igor Félix e Giuliano Fernandes, o baixista Marcão Avellar e o baterista Sérgio DT.

SONORIDADE

A resistência negra é uma marca no trabalho da banda. O repertório valoriza o congado mineiro, manifestação cultural que permanece viva em diversas pequenas comunidades espalhadas pelo Estado. As músicas nasceram a partir da releitura de marchas do congado, além de composições próprias, também inspiradas na cultura popular.

Criada em 2013, a banda lançou em 2015 o primeiro EP. Desde então, passou por diversos festivais. Foram três edições da Virada Cultural de Sete Lagoas (2013 a 2015), o Festival de Inverno da Universidade de São João Del Rei (UFSJ) em 2014 e 2015, o tradicional Festival de Folclore de Jequitibá por quatro anos consecutivos (de 2014 a 2017), o Festival do Instituto de Artes da UNICAMP (SP), o Festival Saci Pererê em Atibaia (SP) e o evento Quarta Dimensão, realizado no Teatro Dulcina em Brasília. Em 2015 dividiu o palco com Maurício Tizumba em show na Autêntica, em Belo Horizonte.

Assim, Congado e Blues caminham lado a lado nessa junção inusitada do Congadar. Caixas de congo, cantos, distorções e bateria unidos para mostrar a resistência da cultura negra.

Foto: Gabie Linhares / Divulgação - CongadarFoto: Gabie Linhares / Divulgação - Congadar

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Com Congadar



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