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"Cidade Invisível": nova temporada mergulha na riqueza da cultura indígena brasileira

A Netflix lançou nesta quarta-feira (22) novos episódios que exploram a floresta como personagem principal, oferecendo uma narrativa ainda mais profunda e envolvente.

Foto: Netflix/DivulgaçãoFoto: Netflix/Divulgação

Já esta no catalago da Netflix a segunda temporada da série "Cidade Invisível", dirigida por Carlos Saldanha, e nessa temporada vem com uma narrativa mais profunda e centrada na cosmologia indígena.

A história se passa em Belém (Pará), com um elenco mais diverso e traz a floresta como protagonista. O enredo envolve Eric, interpretado por Marco Pigossi, que é protegido por indígenas em um santuário natural e precisa resgatar sua filha, sequestrada por garimpeiros ilegais.

A primeira temporada recebeu críticas por falta de representatividade indígena, mas a inclusão nesta temporada foi valorizada pelo diretor e pela diretora Graciela Guarani.

O diretor Carlos Saldanha explica que a ideia de "Cidade Invisível" é contar a história em várias cidades e que queria começar pela Amazônia, mas não teve a oportunidade.

A diretora Graciela Guarani destaca que os novos episódios retratam histórias reais da cosmologia indígena, diferentemente do folclore da primeira temporada, com personagens inspiradas nos mais de 300 povos e 200 línguas indígenas.

Os personagens Eric, Cuca e Luna sofreram mudanças na segunda temporada, apesar de terem se mantido na trama.

Eric retorna diferente e suas ações afetam a narrativa, mas seu amor pela filha permanece. Luna passa a ter uma nova perspectiva em sua busca pelo pai, enquanto Cuca é humanizada em sua interação com Manu.

A nova temporada apresenta mais profundidade e aborda questões indígenas e ambientais, mas a intenção de Carlos Saldanha de eternizar a cultura brasileira permanece a mesma.

A segunda temporada de "Cidade Invisível" apresenta novos personagens, incluindo três entidades principais: Maria Caninana, Matinta Perera e Mula Sem Cabeça.

Letícia Spiller, que interpreta Matinta Perera, afirma que foi emocionante trazer a energia da floresta e a ancestralidade feminina para a personagem.

Já Simone Spoladore, que faz a Mula Sem Cabeça, buscou desconstruir a ideia de que a personagem era uma maldição e mostrar que ser uma entidade é uma benção.

Zahy Tentehar, que interpreta Maria Caninana, queria fugir do estereótipo do indígena sofrido e construiu a personagem com sede de vingança.

A série é uma forma moderna de resgate das raízes brasileiras para uma nova geração.

Da redação, Djhessica Monteiro.



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