Os mais otimistas diriam que tratava-se da reedição da final da última edição da Superliga masculina. Outros, com uma visão diferente, poderiam afirmar que o jogo deste sábado, entre Sada Cruzeiro e Brasil Kirin-SP, serviria somente para cumprir tabela, uma vez que a liderança azul e o quarto lugar dos campineiros não poderiam ser mais alterados.

Sada Cruzeiro reafirmar sua condição de melhor equipe do país após massacre/Foto: Divulgação

O que era certo é que estavam na quadra do ginásio do Riacho, em Contagem, dois dos maiores times do país, prontos para apresentar um espetáculo para o bom público que compareceu ao ginásio do Riacho, em Contagem, em jogo válido pela última rodada da fase de classificação.

Mesmo com a chance de poupar titulares e dar ritmo aos seus reservas, o técnico Marcelo Mendez não quis dar chance para o adversário na véspera dos play-offs. As reclamações a cada discordância com a arbitragem eram apenas uma prévia da motivação dos celestes, que mostraram ter ignorado liderança isolada, classificação antecipada ou qualquer coisa parecida.

Para eles, a ordem é sempre fazer o máximo possível, impedindo que qualquer oponente ganhe confiança ao realizar um feito que ninguém atingiu na atual temporada: o de vencer o time estrelado com todos os seus titulares em quadra. A única derrota veio na última rodada, para o Funvic-Taubaté-SP, quando os mineiros usaram um time só de reservas.

Quem não soubesse da situação dos times na tabela certamente não diria que estava diante um jogo em que os pontos não fariam diferença alguma. Sabendo que tinha nas mãos uma chance de fechar a fase de classificação com chave de ouro e ganhar ritmo para chegar bem nas quartas de final, o Sada Cruzeiro desempenhou bem seu papel para vencer por 3 a 0 (25/20, 25/12 e 25/11) e reafirmar sua condição de melhor time do país.

Pressionando o Brasil Kirin a todo momento, o Sada Cruzeiro mostrou sua força desde o começo, forçando o saque e mostrando bom aproveitamento nas viradas de bola. O bloqueio teve atuação de destaque ao minimizar a força ofensiva do adversário.

Vários foram os contra-ataques a favor dos donos da casa, graças aos serviços que deram muito trabalho aos campineiros. Sem dar chance para o Brasil Kirin gostar do jogo, o Cruzeiro fazia questão de matar os pontos, um por um, vendo a vitória ficar perto com sequência de bolas no chão adversário. Com os ataques em dia, Leal, Simón e Evandro tiveram boa atuação. Depois de um primeiro set mais equilibrado, os azuis foram impiedosos nas parciais seguintes, fechadas com grande vantagem, para não deixar dúvida alguma sobre os méritos.

Colocando tudo que podia a cada jogada, não teve adversário querendo atrapalhar os planos que desse jeito em um time que se mostra motivado mesmo nos momentos em que algum relaxamento seria permitido. Talvez seja este o segredo de um time que ganha tudo quando precisa e também quando derrotas fariam pouca diferença.

A vontade de ganhar cada ponto e cada jogo parece que continuará sendo o combustível de um time difícil de ser parado, principalmente quando as fases mais decisivas estão próximas de acontecer.

Em breve

Nas quartas de final, o Sada Cruzeiro vai enfrentar o Lebes-Gedore-Canoas, enquanto o Brasil Kirin terá o Montes Claros pela frente. As datas dos confrontos ainda não foram definidas. Por ter a vantagem, Sada e Brasil Kirin escolhem o local do primeiro ou segundo jogo. O terceiro duelo e o quinto (se necessário) acontecerão, obrigatoriamente, na casa dos times que terminaram no G-4.

Escalações

Sada Cruzeiro: William, Evandro, Leal, Rodriguinho, Isac, Simón e Serginho. Entraram: Alan, Cachopa. Técnico: Marcelo Mendez
Brasil Kirin: Rodriguinho, Rivaldo, Bruno Temponi, Diogo, Vini, Maurício e Brendle. Entraram: Baiano, Jotinha, Pedro. Técnico: Horacio Dileo

Da Redação com OTempo