É quase unânime que os momentos mais difíceis na carreira de um jogador de futebol são aqueles causados pelas lesões, quando o atleta tem que parar de exercer sua profissão para se recuperar fisicamente. Se isso acontece mais de uma vez, em uma sequência de fatalidades, resta a força do trabalho, da família e o objetivo de voltar ao melhor nível físico. Essa foi a experiência vivida por Luan, no Atlético. Em sua terceira partida na temporada, o atacante voltou a marcar um gol com a camisa alvinegra depois de quase oito meses.

Luan marcou o 2º gol na vitória do Galo sobre a URT/Foto: superfc

O último tento anotado pelo Menino Maluquinho do Galo havia sido no duelo frente ao Santa Cruz, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 30 de julho de 2016. Neste domingo, Luan entrou no jogo na volta do intervalo, e mostrou estar voltando à melhor forma física para marcar. Lançado na ponta direita por Cazares, o atacante ganhou do zagueiro na corrida, driblou o goleiro Juninho e, mesmo perdendo o ângulo, conseguiu bater para as redes. Na saída do gramado, emocionado, ele comentou sobre o feito.

“Toda vez que eu venho aqui e passo por momentos difíceis, eu acabo fazendo gol. É importante. Acabei dando o último pique do jogo para fazer o gol que para mim é muito importante. Tenho que agradecer a Deus, minha esposa que sempre está me dando força, toda minha família, à torcida atleticana e, principalmente, aos gêmeos que vieram agora”, disse Luan, que além de comemorar, revelou que a movimentação em campo foi pedida pelo técnico Roger Machado.

“É maravilhoso esse momento para mim. O Roger me pediu para fazer esse movimento, acabei entrando e fazendo tudo o que ele pediu para poder ajudar o time. Estava com saudades de fazer gol. Trabalho no dia a dia, sei da importância que eu tenho no grupo. O time está bem encaixado, e eu tenho entrado devagar, buscando o meu lugar no time. Espero poder melhorar a cada dia e ajudar o time a sair com as vitórias”, finalizou.

Depois do gol, os jogadores foram comemorar juntos com Luan. Entre abraços, gritos e congratulações, Luan foi ao chão e, quando se levantou, mostrou grande emoção com os olhos marejados de lágrimas. Capitão do Atlético nessa partida, Marcos Rocha resumiu o sentimento do elenco atleticano. “Ficamos felizes. O Luan vem lutando contra as lesões. Quando você volta e faz gol, ficamos felizes por ele pela luta que ele está tendo.”

Roger projeta opção por Luan

Com a torcida gritando o nome de Luan das arquibancadas, Roger Machado teve a exata noção do que o atacante representa para o Galo e revelou que deve usar mais o jogador na sequência. “Gradativamente a gente vai ter que inserir o Luan. É o terceiro jogo que ele entrou, no primeiro 25 minutos, no segundo 35 minutos e agora 45 minutos. Depois de longa inatividade, o jogador precisa adquirir ritmo de jogo, confiança, treinabilidade. Estamos no terceiro mês do ano e o Luan treinou bem pouco. Ele mostra o desejo de estar em campo. Foi especial colocar ele em campo. Já sabia dessa relação com o torcedor. É um jogador identificado. Quando precisar, vou colocá-lo. Mas o torcedor vai ter que entender que, quando eu não achar que ele tem que estar em campo, ele vai ficar do meu lado ali no banco”, pontuou o treinador.

DA Redação com Superesportes