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O que Atlético e Cruzeiro precisam no returno para garantir vaga na Libertadores do ano que vem

Após o vexame diante do Jorge Wilstermann, o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, disse que a conquista de uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem, agora só possível via Campeonato Brasileiro, é uma "obrigação". No Cruzeiro, que tem duas frentes para conseguir a classificação, pois é semifinalista da Copa do Brasil, não é diferente.

O problema do Galo é que, entre o discurso do seu presidente e a realidade, existe uma certa diferença. E os números mostram que o time precisa primeiro se distanciar da zona de rebaixamento, apenas duas posições abaixo, antes de pensar em G-6, nove acima.

Galo e Cruzeiro precisam melhorar muito para conseguirem vagas na Libertadores de 2018/Foto: DivulgaçãoGalo e Cruzeiro precisam melhorar muito para conseguirem vagas na Libertadores de 2018/Foto: Divulgação

Até porque o time alvinegro encerra o turno do Campeonato Brasileiro com 22% de chances de queda para a Série B e apenas 8,8% de garantir vaga no G-6, segundo o site Probabilidades no Futebol, abastecido pelo Departamento de Matemática da UFMG. (ver tabelas abaixo)

'Galo doido'

Se existe um ponto em que Nepomuceno foi preciso na sua coletiva pós-jogo, foi ao afirmar que o Atlético precisa recuperar o espírito dos tempos de "Galo Doido".

Isso porque só pontuações próximas, mas superiores, às alcançadas nos returnos de 2013, 2014 e 2015, com Cuca e Levir Culpi, podem colocar a equipe na zona de classificação ao torneio continental.

No Brasileirão por pontos corridos com 20 clubes, disputado desde 2006, a média para se alcançar o G-6 foi de 58 ou 59 pontos. Só em 2014 essa marca alcançou 62, mas é difícil que isso se repita nesta edição (a pontuação do Cruzeiro, que é o sétimo, dobrada, dá 54 pontos).

De toda forma, como soma 23 pontos, o Atlético vai precisar de pelo menos mais 35 no returno para chegar a 58. Isso significa fazer uma campanha idêntica à do Santos, terceiro colocado, e atingir uma pontuação que o Galo nunca conseguiu na segunda metade do Brasileirão.

A maior marca foi 33 pontos, em 2015, sob o comando de Levir Culpi.

Duas frentes

Chegar à Libertadores do ano que vem é também uma obsessão cruzeirense, sendo que o time de Mano Menezes pode alcançar a vaga de forma memorável, pois está nas semifinais da Copa do Brasil, e o título nacional teria um sabor especial depois de tanto sofrimento nas duas últimas temporadas.

Pode-se afirmar que o Cruzeiro não integra o G-6 porque não quer. Pois, se tivesse vencido o então vice-lanterna Vitória ou o time reserva do Botafogo, no Mineirão, na 17ª e 19ª rodadas, respectivamente, o time seria hoje o quinto colocado.

Mesmo assim, terminar entre os seis primeiros é uma certeza para a Raposa se a equipe repetir as campanhas dos returnos de 2015 e 2016, sob o comando do próprio Mano Menezes, quando fez 33 e 32 pontos, respectivamente.

Na pior das hipóteses, o time chegaria a 59 pontos e, com esse número, dificilmente ficaria de fora do G-6.

De G-6 a G-9

Isso sem contar que o Brasileirão deste ano pode até um G-9, no que se refere à distribuição de vagas na Copa Libertadores do ano que vem.

Isso pode acontecer pelo grande número de clubes que brigam na parte de cima da tabela disputando as fases finais das Copas Libertadores, Sul-Americana e do Brasil.

Os campeões destes três torneios garantem vaga na Libertadores do ano seguinte. E, se estiverem dentro do grupo que se classificaria pelo Brasileirão, vão abrindo vagas para os clubes imediatamente atrás do G-6.

Tabela explicativa/Foto: DiuvulgaçãoTabela explicativa/Foto: Diuvulgação

Da Redação com Hoje em Dia



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