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Fred e Roger falam do 6 a 1 em bate papo para filmagem de canal oficial do Cruzeiro

Fred e Roger Flores. Essa dupla no Cruzeiro atual poderia ter dado muito trabalho aos adversários. No treino da Raposa na tarde dessa quarta-feira, na Toca II, os dois bateram um papo bem descontraído para o canal oficial do Cruzeiro. Dentre outros temas, a resenha teve espaço para o 6 a 1, como os dois atuariam no Cruzeiro e também o sentimento que cada um carrega do clube. Abaixo, a transcrição da resenha. Veja também o vídeo divulgada pelo Cruzeiro.

Lado a lado Fred e Roger Flores filmam matéria para canal oficial do Cruzeiro/Foto: Reprodução CruzeiroLado a lado Fred e Roger Flores filmam matéria para canal oficial do Cruzeiro/Foto: Reprodução Cruzeiro

Fred para Roger: qual o jogo que te marcou no Cruzeiro?

"Mas precisa responder? O torcedor sabe qual foi o jogo. Eu estava aqui na direitinha e mandei de três dedos para o Wellington Paulista. Aquele dia foi especial para os torcedores do Cruzeiro e não tem jeito de eu ser abordado por um cruzeirense sem pedir a foto com o famoso número. E virou um jogo simbólico da história do Cruzeiro, qualquer momento de jogo, presto atenção, sempre estou assistindo, seja pelo trabalho e pelo carinho, qualquer câmera que passa pela arquibancada você vê o símbolo. Foi uma fase bem difícil, porque o Cruzeiro, na época, era um dos cinco que não tinha sido rebaixado, a gente passava por dificuldades para resolver o último jogo, só torcida nossa, campo lotado, mas deu certo. Tem uma entrevista que também viralizou que eu disse que naquele dia parecia que se a camisa jogasse sozinha ela resolveria o problema", disse o ex-meia e hoje apresentador dos canais SporTV.

"A festa foi boa no vestiário. Saiu um peso. Não sei se você vai lembrar dos detalhes, eu lembro de todos porque eu estava, sentia na pela a pressão, a responsabilidade, a gente só estava sem os nossos três principais jogadores. Não tinha o Fábio no gol, suspenso, a gente não tinha o Montillo suspenso, e a gente não tinha o Paraná, o cara que dava o equilíbrio emocional à nossa equipe. A responsabilidade praticamente toda era em cima de mim, um jogador mais experiente, mas todo mundo sente. É lógico que você consegue administrar melhor. Aí no final deu tudo certo", completou Roger Flores.

Como seria a parceria entre você, Roger, e Fred no Cruzeiro?

"Pelo menos mais 100 gols na carreira".

E Fred responde:

"E eu já estaria com 158 gols com a camisa do Cruzeiro".

O ex-meia celeste e o atual dono da camisa 9 completaram o bate-papo:

"Eu seria muito maior do que eu fui, não estou falando que eu fui grande, mas a minha carreira teria uma projeção muito maior. Porque eu digo, o que eu falo do meia para o atacante é o seguinte, quem vai consagrar o meia é o atacante. Eu poderia deixar o atacante na cara do gol 10 vezes, se ele errasse as 10, eu não ia aparecer no dia seguinte nos gols, eu não ia aparecer nos comentários", analisa Roger.

"Eu vejo o Roger, camisa 10 do meu time, como o carregador de alimentos. Eu fico na mesa sentado, esperando a comida chegar. E ele não chegava com arroz e feijão não, era picanha, era macarrão, era massa. Era só empurrar para o gol", brincou Fred.

A questão é ter movimentação

"O meia precisa do movimento do atacante. O meia pode ter a maior criatividade do mundo, se ele (atacante) não pedir a bola no lugar certo, fizer o movimento correto, a bola nunca vai entrar. Os dois precisam ter um sincronismo de raciocínio", falou Roger sobre a importância da inteligência tática do centroavante.

Fred também deu sua opinião sobre o assunto e elogiou o atual elenco do Cruzeiro.

"Você quer ver matar o atacante, é o atacante sair do jogo sem nenhuma chance de fazer gol. Aí o atacante fica preocupado. Mas o atacante quando tem os meias de qualidade, ele está no campo e as oportunidades estão sendo criadas, ele vira e fala: 'o problema é só comigo. A bola está chegando e vai chegar todo o jogo'. É o que eu estou passando aqui. Robinho, Thiago Neves, Rafinha, Arrascaeta, Sóbis, aí nós temos Egídio, Edilson, Ariel. É no pé, na cabeça, enfiada, é de tudo quanto é jeito", comentou o camisa 9.

Roger respondeu na sequência: "Isso é bom para a torcida do Cruzeiro que você vai ter mais de 30 gols por ano. Se você está chegando desse jeito e o homem sabe fazer gol", disse.

Roger 'decapitou' o Raposão em um clássico. Será que vai ter comemoração do Fred parecida?

"O Thiago Neves já prometeu fazer igual, só que já fez tantos gols e não saiu. Mas o Raposão foge. Acho que ele já sabe que o Thiago Neves vai tentar e ele já sai ó... O clássico é mais importante que um título. O torcedor se identifica com a maior rivalidade. Eu tive a sorte ou capacidade de todos os times que eu passei, eu fui jogar no Benfica, primeiro jogo caixa, 2 a 1, gol meu de falta. Você já chega e abre o coração do torcedor. Vim para o Cruzeiro, primeiro jogo contra o Atlético, gol. Fluminense eu fiz gols em todos os grandes do Rio. No Corinthians fiz gol no Palmeiras, gol no Santos. No Grêmio, um no Grenal, caixa", disse Roger, relembrando a sua carreira.

"O clássico é o nitro. É quando você aperta o turbo, te dá moral, te dá confiança. E dá aquela paz com a torcida também", analisou, por sua vez, Fred.

"A gente quer ganhar do rival, por que? Porque o rival está do lado dele. Ele quer acordar no dia seguinte e brincar com o torcedor rival. O representante dele dentro de campo é você. Se você vai bem, acabou", encerrou Roger.

Como vocês definiram o Cruzeiro em uma palavra?

"Gratidão", diz Fred.

"Difícil falar só em uma palavra. Eu fechei uma matéria que fiz dizendo que eu passei por paixões, clubes que me criaram, clubes gigantes de representatividade no futebol brasileiro e vim terminar meus últimos três anos aqui. Parece aquele amor maduro né, quando você está pronto para encontrar o grande amor e viver aquele amor para sempre. É de muito carinho e de reciprocidade porque eu recebo esse carinho dos torcedores cruzeirenses. Então não tem como não gostar (do Cruzeiro)", exaltou Roger.

Da Redação com SuperFC



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