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Sada Cruzeiro é hexacampeão da Superliga após vencer Sesi-SP no Mineirinho lotado

O voleibol brasileiro é 100% é azul pela sexta vez e pelo quinto ano consecutivo. Na manhã de domingo (6), diante de cerca de 15 mil torcedores, o Sada Cruzeiro superou o Sesi-SP e levantou a taça de campeão da Superliga Cimed 2017/18. Com o apoio da torcida e muita garra em quadra, o elenco estrelado fez um 3 a 2 nos paulistas e alçou a segunda vitória na série decisiva. Agora, é hexacampeão nacional. As parciais da partida disputada no Mineirinho foram 25/16, 17/25, 25/22, 23/25 e 22/20.

Foto: Agência i7/Sada CruzeiroFoto: Agência i7/Sada Cruzeiro

A equipe mineira já havia batido o Sesi-SP por 3 a 2 em território paulista, no primeiro duelo da final, e precisou de uma vitória simples para sacramentar a conquista do seu quinto título consecutivo de Superliga e o sexto em sua história. O confronto no Mineirinho foi bastante equilibrado, com as duas equipes se alterando na vantagem do placar do início ao fim. O tie-break foi tão disputado que só terminou em 22 a 20, com uma bola de cheque de Simon que levantou o ginásio e deu a taça aos cruzeirenses.

"Eles jogaram muito bem e brigaram até o final, estão de parabéns pelo jogo que fizeram e valorizaram ainda mais a nossa conquista. Foi um duelo brigado do início ao fim e muito cansativo, acho que vencemos porque estávamos psicologicamente muito bem. Simplesmente tentamos fazer o melhor possível, conseguimos abrir quatro pontos no tie-break e eles recuperaram, mas eles chegaram e foi equilibrado até o final. Leal virou um contra-ataque muito importante e eu falei com os meninos lá fora: se eu entro em quadra, vou fazer um bloqueio para acabar com isso! Não foi bloqueio, foi uma bola de cheque que funcionou, graças a Deus!”, comentou o camisa 10 da Raposa.

Depois de realizar uma boa distribuição do ataque estrelado, o levantador Nico Uriarte foi escolhido como o melhor em quadra e ficou com o troféu VivaVôlei. E o estrangeiro novato na equipe, que chegou ao time no início desta temporada, celebrou muito a conquista. “Foi uma temporada incrível e estou muito agradecido a todos dessa equipe. Foi um ano de muito trabalho e dedicação de todo mundo, atletas, comissão técnica, e isso foi o mais importante para que eu pudesse jogar bem. Estou muito agradecido e feliz. Poder acabar a Superliga assim, com Mineirinho lotado, todo de azul, acho que não tem coisa melhor. E com a minha família e meus amigos aqui também, hoje é só felicidade”, disse Nico Uriarte.

“Somos um grande time, com uma grande comissão técnica, e a gente trabalha duro para enfrentar momentos como estes, foi decidido no detalhe e deu certo. Todo nossa equipe está de parabéns por mais esta bela vitória. Eu não tenho muito claro na minha cabeça o que definiu o jogo, mas deu pra ver que foi no detalhe, por conta das parciais altas, tie-break alto e no momento decisivo, conseguimos sair com o resultado”, avaliou o oposto Evandro.

Além da medalha de ouro, três cruzeirenses ainda deixaram o ginásio com um peso a mais na mochila: a premiação individual dos Superliga 2017/18. Simon foi o melhor sacador da competição, Nico Uriarte o melhor em quadra na decisão, enquanto Leal foi o melhor atacante e ainda o MVP, atleta mais valioso de todo o torneio.

Sada Cruzeiro: Nico Uriarte, Evandro, Leal, Filipe, Isac, Simon e o líbero Serginho. Entraram: Fernando Cachopa, Alemão, Rodriguinho e Éder Levi. Técnico Marcelo Mendez.

Sesi-SP: William, Alan, Lipe, Douglas Souza, Lucão, Gustavão e o líbero Murilo. Entraram: Franco, Evandro, Renato e Vaccari. Técnico Rubinho.

Foto: Agência i7/Sada CruzeiroFoto: Agência i7/Sada Cruzeiro

Papa-títulos, Serginho e Marcelo Mendez disparam entre os maiores campeões da Superliga

O sucesso do Sada Cruzeiro, campeão de absolutamente tudo o que já disputou, passa por diversos fatores: um projeto sério, comprometido, que investe na modalidade e nas categorias de formação. E, entre tantas variáveis, uma sempre se destacou: a manutenção da base do elenco durante tantos anos. Prova disso, dois dos pilares desse grupo - Marcelo Mendez e o líbero Serginho - evidenciam marcas históricas com a conquista do hexacampeonato da Superliga neste domingo, 6, no Mineirinho.

Responsável pela formação do elenco e no comando do grupo cruzeirense desde 2009, o técnico argentino faz sua nona temporada no Sada Cruzeiro. E com o título desta manhã, o seu sexto do Brasileiro, dispara no ranking dos maiores campeões da história da Superliga entre os treinadores. Ele tem o dobro das taças levantadas pelos profissionais que aparecem em segundo lugar: Marcos Pacheco e Carlos Castanheira, o Cebola, conquistaram três cada um.

“Acho que tive a sorte de chegar em um clube que me permitiu fazer as coisas como eu gosto, como eu acredito. Me permitiram escolher os jogadores e as coisas foram andando. Grandes atletas, grande comissão técnica e uma diretoria forte de um clube que dá tudo o que precisamos. Esse é o segredo. Foi essa combinação que permitiu estes grandes títulos. Este ano mostramos superação na semifinal e agora na final nos momentos decisivos. Não poderíamos esperar nada diferente de um elenco como o nosso”, comentou Marcelo Mendez.

Enquanto isso, entre os atletas, o líbero cruzeirense se destaca não apenas pela camisa diferente que farda em quadra, mas pela quantidade de medalhas que guarda em casa. Serginho, que no ano passado tornou-se o maior campeão da Superliga, chega agora ao seu nono título da competição e se isola na contagem. Dois centrais com passagens vitoriosas pela Raposa aparecem atrás dele: Éder Carbonera, com sete, e Douglas Cordeiro, com seis.

“Hoje foi difícil, fisicamente falando. Foi um jogo de superação e o time me abraçou. Eu passei muito mal durante a noite, achei que não ia conseguir jogar, estou até agora sem comer, tive febre e foi difícil. Mas o time me deu apoio o tempo inteiro, o Marcelo me passou tranquilidade no vestiário, o Sr. Vittorio, o presidente, me viu chorando e me fez entender que isso aqui não é um time comercial. Tem muito amor, muita paixão. E o apoio da galera, que sabia que eu não estava 100%, e me disse: “a gente precisa de você”. Isso tudo foi determinante para que eu entrasse e jogasse bem. E eu acho que fui bem. Escutei isso do chefe também, o Marcelo disse que foi a melhor final que eu fiz. Esses comentários positivos a gente tem que guardar pra sempre”, revelou o líbero Serginho.

Time celeste fecha a temporada vitoriosa com cinco títulos conquistados

Para encher uma mão! É esta a contagem de troféus levantados pelo capitão Filipe junto ao grupo do Sada Cruzeiro em 2017/18: cinco. Com a grande exibição deste domingo, 06/05, diante do Sesi-SP, o plantel cruzeirense fechou a temporada com o quinto título somente neste ciclo e o seu sexto de Superliga.

Dos seis torneios disputados pela Raposa, somente um escapou: o Mundial de Clubes na Polônia, onde conquistou a medalha de bronze. A sequência de taças erguidas começou em outubro do ano passado, com a conquista do octacampeonato Mineiro. Em seguida, ainda em 2017, veio a Supercopa vencida em Fortaleza. Já em 2018, o tricampeonato da Copa Brasil chegou também com um triunfo sobre o Sesi-SP, antes da conquista do pentacampeonato Sul-Americano em Montes Claros.

“Nosso time é muito focado, nós passamos por nossas dificuldades, mas nossa equipe tem maturidade. É um grupo que está acostumado a jogar junto há bastante tempo e a crescer nas decisões. É um orgulho enorme vestir essa camisa, representar uma instituição séria como a nossa e poder trazer alegrias para a nossa torcida, que sempre faz um espetáculo na arquibancada como fez hoje”, comentou o capitão cruzeirense Filipe.

O hexacampeonato da Superliga também dá ao Sada Cruzeiro a folga na liderança do ranking dos maiores campeões da história da principal competição nacional. Atrás da Raposa, estão Cimed e Minas Tênis Clube, com quatro troféus cada um. E depois de ocupar o pódio desde 2013/14 sem deixar a primeira colocação, o clube estrelado é o primeiro a conquistar cinco títulos consecutivos do torneio.

Para o central Isac, o time mostrou novamente porque conquista tantos títulos, ano após ano. “O sentimento é de dever cumprido. Uma equipe vencedora, que briga o tempo todo, por todos os pontos. Acho que a equipe toda está de parabens. O projeto é muito bem feito, porque a gente sabe o quanto é difícil se manter lá em cima. Sabemos que temos muitas competições e acho que é nisso que a gente se motiva, porque queremos ganhar todas, porque é gostoso demais chegar nas finais. Estamos todos de parabéns. Muito orgulho de estar aqui hoje, por tudo o que fizemos”, disse o camisa 12.

Desde 2010 o Sada Cruzeiro somou 31 títulos, em um total de 35 finais dos 39 campeonatos que disputou.

Foto: Agência i7/Sada CruzeiroFoto: Agência i7/Sada Cruzeiro

Depois de seis anos e 25 títulos conquistados, Leal se despede do Sada Cruzeiro

Foram seis anos de muitas glórias. Em 2012, um dos grandes destaques da seleção cubana deixava o seu país para defender novas cores, sonhando em mostrar o seu talento para o mundo. E o planeta se rendeu ao sucesso de Leal, que vestiu a camisa estrelada por vitoriosos seis anos e se despediu, com o título da Superliga 2017/18, da torcida e da família Sada Cruzeiro. Na próxima temporada, um novo clube o espera na Itália.

Leal chegou ao Brasil aos 23 anos de idade. Depois de ter o melhor saque da Liga Mundial de 2010 e ser vice-campeão da competição por Cuba naquele ano, ele tomou a decisão que mudou por completo a sua vida profissional: aceitou o convite do Sada Cruzeiro para vir ao Brasil e se tornar um dos melhores atletas do mundo no clube mais vitorioso da atualidade. Juntos, Sada Cruzeiro e Leal registraram seus nomes na história do voleibol e o cubano, que veio a se naturalizar brasileiro tamanho seu sucesso e carinho pelo país, levantou 25 taças com a camisa azul.

Três troféus do Mundial de Clubes, quatro do Sul-Americano, três de Copa Brasil e de Supercopa, um do Torneio de Irvine (EUA), seis do Mineiro e, com o triunfo neste domingo, no Mineirinho, cinco títulos de Superliga inundam o currículo de Leal. Depois de uma jornada impecável como essa, é inevitável ver Leal ansiar por voos ainda mais altos.

“O Leal está com a gente há quase sete anos, chegou aqui novo e cresceu demais. Vai deixar um vazio e já estamos sentindo saudade, mas espero que um dia ele volte, nem que seja para encerrar a carreira. Ele sabe que a portas estão abertas. Foi um ano maravilhoso, uma temporada maravilhosa para coroar a despedida do Leal. Ele cresceu com o time, o time cresceu junto com ele e hoje é muito difícil diferenciar o Sada do Leal. A marca das cinco estrelas do Sada Cruzeiro está tatuada no peito dele”, disse o presidente da equipe, Vittorio Medioli, antes de anunciar ao craque e a toda a equipe que a camisa nove de Leal está aposentada, até que o cubano retorne à sua casa brasileira.

Emocionado, o craque cruzeirense agradeceu as homenagens e celebrou muito a conquista do seu quinto troféu de Superliga. “Eu acho que merecia muito este título. Foram seis anos aqui, ganhando tantos campeonatos, cinco Superligas, e acho que hoje tinha que ser assim, tinha que terminar minha jornada no Sada Cruzeiro desta maneira. Esta foi a final mais difícil que já jogamos, o Sesi jogou muito bem, mas soubemos suportar a pressão. Não tenho palavras pra descrever o dia de hoje e essa despedida que o time e a torcida fizeram pra mim. Saio muito feliz e, quem sabe, um dia eu possa voltar para encerrar minha carreira aqui”, concluiu Leal.

Com AsCom Sada Cruzeiro



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