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Final da Superliga feminina tem embate de levantadoras

Mesmo atravessando grande fase na carreira, o histórico recente da levantadora Macris, do Itambé-Minas, mostra a dificuldade de entender como ela atingiu a pontuação máxima no ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Ao contrário das outras jogadoras de sete pontos, Macris não tem títulos pela seleção e menos chamados para vestir a camisa nacional do que as colegas que estão no mesmo patamar da lista. Nessa linha, mais um dado aparece para deixar claro que a opção da CBV pode ter sido exagerada: neste domingo (21), a jogadora de 30 anos fará sua primeira final de Superliga. Às 11h, o Minas encara o Dentil-Praia Clube, no Mineirinho, no primeiro jogo da série melhor de três.

Levantadora Macris vai disputar sua primeira final de Superliga. - Foto: Douglas MagnoLevantadora Macris vai disputar sua primeira final de Superliga. - Foto: Douglas Magno

“Na verdade, eu nunca tinha vencido um único jogo de semifinal. Foi somente nesta temporada que isso aconteceu. Fui dando um passo a mais a cada temporada, e agora chega esta grande oportunidade. Cheguei a disputar outras finais importantes, como de Sul-Americano e Mundial, mas de Superliga nunca”, diz a jogadora, cotada para ser novamente convocada.

O bom trabalho é reconhecido, inclusive, pelo técnico adversário, Paulo Coco. “Temos que saber atuar diante de uma jogadora que coloca muita velocidade nas jogadas, é um diferencial do lado de lá. Uma das armas deles é a distribuição equilibrada da Macris, nunca se sabe qual atacante ela vai usar. Ela sabe explorar quem está bem no set, isso tem se alternado a cada partida, e várias jogadoras têm se destacado”, salienta.

Pela bola que vem jogando, muitos querem Macris de titular da seleção. No Brasil, é difícil apontar alguém que esteja no seu nível. Quem se aproxima é a norte-americana Carli Lloyd, adversária na final. “Tivemos um início de temporada complicado. Aos poucos, os lados foram se entendendo melhor, ela assimilou as características das colegas, qual poderia ser mais usada em determinado momento. A liberdade e a confiança foram fundamentais no seu crescimento. Foi um importante ponto que evoluímos”, conta Paulo Coco.

Lloyd, que faz sua primeira temporada no time de Uberlândia, pode não permanecer. Já Macris tem boas chances de ficar no Minas para seguir fazendo história. “Penso mais na minha trajetória do que nas marcas pessoais. Quero deixar um legado, uma inspiração para o futuro, e a evolução vale mais do que o resultado final. Agora é hora de deixar as coisas fluírem, indo além de pensar na obrigação que temos para conquistar o título. Se o resultado for positivo, a felicidade que sinto hoje será ainda maior”, projeta a armadora da equipe minastenista.

Treino

Nessa sexta-feira (19), as duas equipes trabalharam no palco do primeiro jogo da final. Segundo as jogadoras e os dois treinadores, o treino no local é fundamental para as referências na hora do jogo. Tanto Minas quanto Praia estão acostumados a atuar em ginásios bem menores.

Com Super.FC



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