Capela restaurada recebe os fiéis em Ouro Preto
- Categoria: Minas
Com uma missa celebrada pelo padre Marcelo Moreira Santiago, a Capela do Senhor Bom Jesus das Flores do Taquaral - localizada na Rodovia dos Inconfidentes, Km 4, Taquaral, nesta cidade - foi reaberta, domingo (19), dentro da programação da pré-abertura do França.Br 2009 – Ano França no Brasil. A capela foi construída em 1735, em substituição à edificação primitiva de taipa.
Por iniciativa das paróquias de Santa Ifigênia e do Pilar e da Prefeitura de Ouro Preto, a restauração foi executada pela empresa Hexágono, com uma equipe de especialistas. O projeto, aprovado pelo Iphan, foi patrocinado, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, pelo banco BNP Paribas do Brasil. As obras de restauração foram coordenadas por Carlos José Aparecido de Oliveira, do Museu de Arte Sacra de Ouro Preto. “A recuperação desse bem é importante para a comunidade de Taquaral, que está afastada do centro de Ouro Preto, representando a reafirmação da identidade desse povo”, disse Carlos José.
As obras de restauração do bem duraram um ano e meio. Raimundo Antônio de Lima, o Paraíba, de 67 anos, que mora em Ouro Preto há 44 anos, estava satisfeito de ter a Capela reaberta. “É uma alegria para a nossa comunidade receber essa igreja de volta”. Bernard Mencier, presidente do conselho de administração do BNP Paribas, participou da missa e destacou o papel social de um investimento como o feito pela instituição. “Restaurando um monumento como este, temos o conhecimento que estamos, também, restaurando o orgulho da comunidade”, disse.
Antes da missa, que contou com a participação do Coral Santana, o grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário e Santa Ifigênia e a Sociedade Musical Bom Jesus das Flores se apresentaram para o público.
A Capela encontrava-se em situação de risco com ameaça de perda dos forros pintados, em razão da precariedade do telhado, sem intervenção de maior porte há 25 anos. A infiltração da chuva comprometia a estrutura da carpintaria e as tábuas policromadas, o que indicou urgência na instalação de um sobre-teto acima dos telhados da nave e capela-mor, até a realização das obras necessárias à adequada conservação do bem cultural.
Patrimônio cultural
Localizada no bairro do Taquaral, a Capela faz parte do acervo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Ouro Preto. À sua frente, passava a antiga estrada colonial e, pouco abaixo, está a rodovia que une Ouro Preto a Mariana, na extremidade Leste da cidade. A construção data dos primórdios de Ouro Preto, tendo sido levantada pelos moradores de um arraial pioneiro conhecido como Ouro Podre.
De acordo com dados da Prefeitura de Ouro Preto, o arquiteto e historiador Sylvio de Vasconcellos, do Iphan, ao estudar as capelas da serra de Ouro Preto, chamou atenção para a influência da arquitetura minhota, advinda do Norte de Portugal.
O nome original foi de Nossa Senhora do Pilar, o que demonstra ser o arraial contemporâneo do núcleo no seio do qual surgiu, em área distante, a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, no arraial propriamente denominado Ouro Preto. O pesquisador José Efigênio Pinto Coelho a chamou de “Pilar dos Emboabas”, em estudo sobre suas origens.
A redescoberta dos forros pintados da Capela, no curso de restauração empreendida entre os anos de 1977 e 1982, sob orientação do restaurador Jair Afonso Inácio, revelou a existência do medalhão de Nossa Senhora do Pilar, no teto da capela-mor, e o de Nossa Senhora da Conceição, na nave.
A imagem do Senhor Bom Jesus das Flores, atual padroeiro da capela, situada em nicho na mesa do altar-mor, é atribuída ao Mestre de Piranga, anônimo que atuou na região do Vale do Piranga, em fins do século XVIII. Os dois altares laterais revestem-se de pintura de alta qualidade, destacando-se ainda o púlpito em madeira policromada.
Por iniciativa das paróquias de Santa Ifigênia e do Pilar e da Prefeitura de Ouro Preto, a restauração foi executada pela empresa Hexágono, com uma equipe de especialistas. O projeto, aprovado pelo Iphan, foi patrocinado, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, pelo banco BNP Paribas do Brasil. As obras de restauração foram coordenadas por Carlos José Aparecido de Oliveira, do Museu de Arte Sacra de Ouro Preto. “A recuperação desse bem é importante para a comunidade de Taquaral, que está afastada do centro de Ouro Preto, representando a reafirmação da identidade desse povo”, disse Carlos José.
As obras de restauração do bem duraram um ano e meio. Raimundo Antônio de Lima, o Paraíba, de 67 anos, que mora em Ouro Preto há 44 anos, estava satisfeito de ter a Capela reaberta. “É uma alegria para a nossa comunidade receber essa igreja de volta”. Bernard Mencier, presidente do conselho de administração do BNP Paribas, participou da missa e destacou o papel social de um investimento como o feito pela instituição. “Restaurando um monumento como este, temos o conhecimento que estamos, também, restaurando o orgulho da comunidade”, disse.
Antes da missa, que contou com a participação do Coral Santana, o grupo de Congado Nossa Senhora do Rosário e Santa Ifigênia e a Sociedade Musical Bom Jesus das Flores se apresentaram para o público.
A Capela encontrava-se em situação de risco com ameaça de perda dos forros pintados, em razão da precariedade do telhado, sem intervenção de maior porte há 25 anos. A infiltração da chuva comprometia a estrutura da carpintaria e as tábuas policromadas, o que indicou urgência na instalação de um sobre-teto acima dos telhados da nave e capela-mor, até a realização das obras necessárias à adequada conservação do bem cultural.
Patrimônio cultural
Localizada no bairro do Taquaral, a Capela faz parte do acervo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Ouro Preto. À sua frente, passava a antiga estrada colonial e, pouco abaixo, está a rodovia que une Ouro Preto a Mariana, na extremidade Leste da cidade. A construção data dos primórdios de Ouro Preto, tendo sido levantada pelos moradores de um arraial pioneiro conhecido como Ouro Podre.
De acordo com dados da Prefeitura de Ouro Preto, o arquiteto e historiador Sylvio de Vasconcellos, do Iphan, ao estudar as capelas da serra de Ouro Preto, chamou atenção para a influência da arquitetura minhota, advinda do Norte de Portugal.
O nome original foi de Nossa Senhora do Pilar, o que demonstra ser o arraial contemporâneo do núcleo no seio do qual surgiu, em área distante, a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, no arraial propriamente denominado Ouro Preto. O pesquisador José Efigênio Pinto Coelho a chamou de “Pilar dos Emboabas”, em estudo sobre suas origens.
A redescoberta dos forros pintados da Capela, no curso de restauração empreendida entre os anos de 1977 e 1982, sob orientação do restaurador Jair Afonso Inácio, revelou a existência do medalhão de Nossa Senhora do Pilar, no teto da capela-mor, e o de Nossa Senhora da Conceição, na nave.
A imagem do Senhor Bom Jesus das Flores, atual padroeiro da capela, situada em nicho na mesa do altar-mor, é atribuída ao Mestre de Piranga, anônimo que atuou na região do Vale do Piranga, em fins do século XVIII. Os dois altares laterais revestem-se de pintura de alta qualidade, destacando-se ainda o púlpito em madeira policromada.
Agência Minas