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Dilema: Pagar à vista ou não, as dívidas do começo de ano

Pagar à vista sempre que possível, aproveitando os descontos, evitar alongar a dívida em muitas parcelas e passar longe do cheque especial e dos juros de parcelamento dos cartões de crédito.

Para especialistas, quitar tudo, se puder, ainda é o melhor negócio. Se optar por parcelar, que seja de poucas vezes/Foto: Arte EMPara especialistas, quitar tudo, se puder, ainda é o melhor negócio. Se optar por parcelar, que seja de poucas vezes/Foto: Arte EM

Empréstimos bancários só se forem consignados, que têm taxas menores. Essas são principais dicas de especialistas em finanças pessoais para quem ainda tem dúvidas se é melhor pagar à vista ou parcelar as despesas de início de ano, como IPVA e IPTU.
“A regra de ouro é: programe-se para pagar sempre à vista com desconto e, se não puder fazê-lo, divida no mínimo de parcelas possíveis. Quando você assume um débito por um longo período, imprevistos e novas despesas acontecem e você estará sem condições de orçamentárias para enfrentá-los”, afirma Erasmo Vieira, consultor financeiro.

Além do IPTU e IPVA, há a lista de material escolar, uniformes, rescaldo das despesas de Natal e reveillón, férias escolares e a demanda por diversão e viagens.

São muitas contas para um orçamento já apertado, o que fazem deste início de ano um período estressante pelo menos para 69% dos brasileiros, que não têm o hábito de poupar nem de se planejar financeiramente, segundo pesquisa divulgada pelo Banco Central esta semana. “Todo início de ano essas despesas se repetem. Daí a importância de estar atento e se programar”, diz Vieira.

Se os recursos disponíveis neste momento só permitem pagar um dos impostos à vista, é melhor começar pelo IPTU, que oferece desconto de 5% sobre o total ou sobre as parcelas quitadas até o próximo dia 22.

“É um excelente desconto, pois com a queda nas taxas de juros, se esse dinheiro estivesse aplicado, dificilmente obteria esse ganho. Além disso, ao pagar à vista, esse custo sai do seu orçamento”, avalia Vieira.

“Pode parecer pouco em termos de valores, mas quando você soma o desconto, com as reduções que pode obter também no IPVA pelo pagamento à vista, faz diferença”, afirma (veja exemplos no quadro). Se não tem os recursos para quitar os impostos à vista, no caso do IPVA fuja do parcelamento no cartão de crédito.

“Os juros são muito altos e não vale a pena”, observa Vieira. Se cair no cheque especial é proibitivo, pois os juros alcançam dois dígitos ao mês, funcionários públicos e aposentados têm uma outra possibilidade para o pagamento dos impostos: os empréstimos consignados.

“Contrair o empréstimo consignado para o pagamento à vista dos dois impostos pode ser uma boa opção, desde que o empréstimo seja quitado em poucas parcelas. Agora, se a pessoa precisar dividir o pagamento do empréstimo consignado em mais vezes, cuidado para que não comprometer o orçamento lá de 2019”, diz o cosultor.

Para o material escolar, a primeira regra é muita pesquisa: a variação de preços de um mesmo produto alcança até 406%. Além disso, se pagar à vista, peça desconto. Caso contrário, avalie o menor número possível de parcelas para liberar o seu orçamento.

“Lembre-se que fevereiro tem carnaval e março tem o feriado de semana santa. Não vale a pena ficar com o orçamento comprometido com parcelas de tantos pagamentos”, considera Vieira. E para completar, lembra, abril é o mês de acerta as contas com o leão do Imposto de Renda.

Da Redação com Bertha Maakaroun/EM



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