Governo de Minas Gerais muda critério de pagamento e deposita 1ª parcela do salário dos servidores
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O governo de Minas Gerais informou que a primeira parcela do salário de todos os servidores do estado foi paga nesta sexta-feira (13). Neste mês, o Executivo estadual adotou novos critérios para o depósito dos vencimentos do funcionalismo público.
Apesar do pagamento da primeira parcela, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) disse que a greve da categoria, condicionada à quitação da primeira parte dos salários, está mantida por enquanto. A entidade afirma que os trabalhadores da área receberam R$ 1,5 mil e não R$ 3 mil, como vinha ocorrendo há mais de dois anos.
Por causa da crise financeira, desde fevereiro de 2016, o funcionalismo público mineiro vinha recebendo de forma escalonada, em até três parcelas -- as duas primeiras no valor de até R$ 3 mil.
No último dia 6, entretanto, o governo anunciou que este critério seria mantido apenas para servidores da segurança pública e da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Os demais passam a receber até R$ 1,5 mil nas primeiras duas parcelas. Na terceira, serão depositados os valores restantes para todos os servidores.
De acordo com a assessoria do Sind-UTE, uma reunião do conselho-geral da entidade será convocada para o próximo dia 18, e os rumos da paralisação devem ser discutidos. No mês passado, servidores da educação também fizeram paralisação pelo mesmo motivo entre os dias 8 e 26 de junho.
A privisão é que os próximos depósitos para os servidores sejam feitos nos dias 25 e 31 de julho.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) disse que o fim do parcelamento é um dos objetivos do governo de Minas Gerais. Afirmou ainda que, para que seja retomado o pagamento integral no quinto dia útil, é necessário que haja “desobstrução da pauta na ALMG [Assembleia Legislativa de Minas Gerais] por parte dos deputados do bloco de oposição e a aprovação dos projetos de lei que tratam da Codemig [Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais}, da securitização e dos precatórios”.
Para oposição, o principal entrave para o andamento da pauta da Assembleia é o projeto sobre a Codemig. “É vender o maior ativo que nós temos, que gera receita, que gera lucro, para o estado vender a preço de banana para tampar o rombo do orçamento. Nós não vamos permitir”, disse o líder do Bloco Verdade e Coerência, deputado Gustavo Corrêa (DEM), em entrevista ao G1 nesta quarta-feira.
Corrêa disse ainda que a oposição vai apresentar emendas ao projeto de precatórios. “Nós temos percebido que o governo quer fazer mais uma manobra”, afirmou. Já em relação ao projeto da securitização, o deputado disse que ele dependeria de uma regulamentação do governo federal. “Cobre do governo federal, faça lá e nós faremos logo depois aqui”, acrescentou.
Com G1