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Férias, época de atenção redobrada com as crianças; pesquisa revela as principais causas de mortes

Durante as férias, o número de ocorrências envolvendo crianças costuma aumentar, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, os acidentes crescem muito nos meses de julho e dezembro, quando os pequenos entram em recesso escolar.

Foto: Toninho Almada Foto: Toninho Almada

 

"É preciso que as crianças sejam bem supervisionadas nesses períodos, por alguém que tenha condições de acompanhar o ritmo delas e que seja instruída sobre o que fazer em casos de acidentes", recomendou o tenente Herman Ameno, do Corpo de Bombeiros.

O militar ainda destacou que é ideal que sejam tomadas algumas precauções para evitar fatalidades, como a colocação e a verificação da validade das telas de proteção em janelas e, se possível, colocar grades em locais onde as crianças podem se afogar, como piscinas e até mesmo caixas d'água e tanques.

Os acidentes são a maior causa de morte entre crianças, de acordo com os dados da ONG Criança Segura. Todos os anos, uma média de 3,7 mil pessoas entre 0 e 14 anos morrem e outras 113 mil são hospitalizadas depois de sofrerem algum tipo de acidente. Os maiores responsáveis pelos óbitos são os acidentes de trânsito, que, somente em 2016, mataram 1292 crianças, seguidos pelos afogamentos, que levaram 913 pequenos à morte.

 Envenenamentos

O que muitas pessoas não sabem é que o Hospital João XXIII tem um serviço dedicado ao cuidado com intoxicações e envenenamentos. Se uma criança ingerir alguma substância tóxica, a indicação do Corpo de Bombeiros é que os responsáveis entrem em contato com o Centro de Toxicologia, que pode ser acessado pelo número 0800 722 6001, ou com o próprio Serviço de Atendimento Móvel em Urgência (Samu) através do 192. “Nós, bombeiros, não podemos dar indicações sobre o que fazer durante a ocorrência. No Samu e no Centro de Toxicologia, o cidadão tem acesso a médicos treinados que podem dar instruções assertivas sobre o que deve ser feito até que a ajuda chegue e leve a criança ao hospital”, afirmou o tenente Ameno.

Dados

Em 2017, o Corpo de Bombeiros atendeu, em Minas Gerais, 1073 ocorrências de acidentes com crianças, sendo que as mais recorrentes foram as quedas, seguida dos engasgos. Em terceiro lugar, estão as quedas de altura (289) e, em quarto, os envenenamentos e intoxicações.

Nas estradas

Os dados da ONG Criança Segura apontam que as mortes de crianças em acidentes de trânsito em 2015 corresponderam a cerca de 36% do total de mortes por acidente. Em 2016, o número absoluto de mortes de crianças no trânsito diminuiu em relação ao ano anterior, mas ainda preocupa.

Quem vai viajar de carro nas férias também deve tomar alguns cuidados para proteger os pequenos nas estradas. É muito importante, e também é lei desde 2008, que os responsáveis instalem cadeirinhas, bebês-conforto, cintos de elevação e outros itens de segurança se atentando à colocação correta.

"É essencial verificar o manual de instruções e as especificações de cada dispositivo, pois cada um deles tem suas particularidades. O peso e a altura da criança, por exemplo, influenciam na escolha e na utilização do produto", alerta Maurício Monducci Jr, CEO da Isofix Brasil, empresa especializada em equipamentos de segurança automobilística.

O dispositivo vendido pela empresa de Maurício é uma das opções para garantir a segurança das crianças nas viagens de carro. Ele funciona em conjunto com uma cadeirinha apropriada para o encaixe na estrutura do veículo, diferente das cadeirinhas comuns que se prendem ao carro através do cinto de segurança.

Além de oferecer risco à vida das crianças, deixar de usar os dispositivos de retenção configura infração de trânsito gravíssima, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, cuja penalidade é multa. Como medida administrativa, o veículo pode ser retido até que a irregularidade seja sanada.

Com Hoje em Dia 



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