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Chuvas constantes: em menos de 24 horas foram registradas sete mortes nas estradas de Minas

A aproximação do fim do ano liga o alerta para a circulação nas estradas que cortam Minas Gerais. A combinação de maior movimento, seja por conta de feriados prolongados, seja pelas férias, com as chuvas deste período eleva consideravelmente o risco de acidentes, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros. 

Chovia no Anel Rodoviário quando uma carreta carregada de minério tombou depois de bater em um guincho (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press )Chovia no Anel Rodoviário quando uma carreta carregada de minério tombou depois de bater em um guincho (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press )

Nessa sexta-feira (9), segundo dia de chuva ininterrupta na Região Metropolitana de Belo Horizonte – que já obrigou a Defesa Civil a emitir alerta para riscos geológicos – sete pessoas morreram em menos de 24 horas em três batidas que ocorreram enquanto chovia, sendo seis mortes na temida BR-381 entre Belo Horizonte e João Monlevade, na Região Central. Outra pessoa morreu em uma batida entre caminhões em Pirajuba, no Triângulo Mineiro. Apesar de as causas ainda não estarem totalmente esclarecidas, autoridades advertem condutores sobre a necessidade de mudar o comportamento ao volante quando o asfalto está molhado, já que a realidade muda completamente nessas condições.

O primeiro acidente da sexta-feira chuvosa ocorreu por volta das 4h, quando um carro bateu de frente em um caminhão na altura do Km 440 da BR-381, em Sabará, na Grande BH, provocando a morte de duas pessoas. Uma terceira vítima foi socorrida ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Três horas mais tarde, nova batida de frente. Dessa vez, um carro de passeio atingiu um ônibus escolar perto do trevo de Ravena, também em Sabará. Quatro pessoas morreram. Nas duas ocorrências, a chuva era constante, apesar de menos intensa. Ainda na manhã de ontem, também chovia quando um caminhão-tanque bateu em outro carregado com papel na MG-810, município de Pirajuba, no Triângulo Mineiro. Houve incêndio com o impacto da batida e uma pessoa morreu carbonizada em um dos veículos pesados. Outra vítima foi socorrida por terceiros, antes da chegada do Corpo de Bombeiros.

Segundo o inspetor Aristides Júnior, chefe do Núcleo de Comunicação da PRF em Minas, o maior risco nos períodos de chuva ininterrupta, porém mais fraca, é a percepção dos motoristas de que aquilo não é um problema. “Qualquer tipo de chuva é perigosa. O problema é que muitas vezes a chuva fraca, constante mas fraca, não coloca medo nos motoristas. Então eles querem circular no piso molhado como no piso seco e isso é impossível. Eles vão precisar de mais espaço para uma frenagem de emergência, buracos ficam encobertos pela água, então os condutores devem sim redobrar a atenção”, afirma Júnior. A necessidade de dirigir com mais prudência ganha destaque principalmente em um contexto de chuva combinada com mais movimento nas estradas. Na semana que vem, o feriado prolongado da Proclamação da República deve movimentar bastante as rodovias mineiras. E a partir de dezembro, com a chegada das férias escolares, também cresce bastante o movimento nas estradas, muitas vezes acompanhado dos temporais de verão.

Ainda segundo o inspetor Aristides Júnior, a maior parte dos condutores está acostumada a dirigir apenas em situações de pista seca, o que cria muitas situações de imprevisibilidade quando esse motorista resolve encarar uma rodovia no momento de chuva. “O piso fica escorregadio, você corre o risco de aquaplanagem e se o pneu estiver em mau estado com certeza vai ter problemas com derrapagem e com saídas de pista”, acrescenta. O tenente Herman Ameno, do Corpo de Bombeiros, acrescenta também a importância de verificar todos os componentes de segurança do veículo antes de sair para a estrada, como pneus, limpadores de parabrisa, lanternas e faróis, pois eles podem ser decisivos para evitar uma batida. “É importante reduzir a velocidade pela necessidade de mais espaço para frear e manter uma distância de segurança do veículo da frente”, afirma. O militar destaca ainda que os cuidados com chuva devem ser estender aos períodos de neblina e por isso as luzes e lanternas devem estar funcionando corretamente para possibilitar a correta visualização dos veículos.

Tombamento no Anel

Também chovia no Anel Rodoviário de Belo Horizonte quando uma carreta carregada com minério bateu em um caminhão guincho e tombou na pista, indo parar na marginal da rodovia que fica em um nível abaixo das pistas principais. O acidente assustou a população do Bairro Betânia, Oeste de BH, onde ocorreu a batida. Segundo a Via-040, um carro teve uma pane mecânica no Anel na altura do Km 537, sentido Vitória, e recebeu apoio de um guincho que não era da concessionária. Porém, o local não foi sinalizado da maneira correta e uma carreta que seguia no Anel acabou batendo no guincho. Com o impacto da batida, ela tombou e escorregou para a pista marginal, derramando a carga e assustando quem passava no local. O trânsito chegou a ficar fechado em uma pista no Anel e também na marginal, gerando bastante lentidão no trecho. Ainda segundo a Via-040, o condutor da carreta não sofreu ferimentos. Já o motorista do guincho foi avaliado, mas seu estado de saúde não foi informado.

No fim da tarde, mais uma ocorrência na BR-040. Três veículos se envolveram em um engavetamento no Km 511 da rodovia e a batida deixou duas pessoas levemente feridas. A PRF registrou congestionamento de mais de 10 quilômetros no trecho.

Com Estado de Minas



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