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Governo de Minas adia reunião sobre 13º e servidores alertam para possibilidade de greve

A reunião marcada para tarde dessa sexta-feira (14) entre representantes do Governo de Minas Gerais e de servidores estaduais para definir a escala de pagamento do 13º salário do funcionalismo público foi adiada. A informação foi confirmada pelo chefe de relações trabalhistas do executivo estadual, Carlos Calazans.

Foto: Reprodução/Hoje em DiaFoto: Reprodução/Hoje em Dia

Segundo Calazans, o governo decidiu suspender até a próxima quarta-feira (19) as discussões sobre o assunto porque não poderia dar uma resposta concreta aos servidores ainda na sexta. "Ainda estamos acompanhando o fluxo de caixa do governo e pedimos esse prazo para que, na quarta, possamos ter uma resposta objetiva para os servidores. Estamos nos esforçando para atender a todos, tanto em relação ao 13º quanto sobre pagar a parcela do dia 21 (de dezembro) para todos os funcionários do governo".

Calazans afirmou que a resposta final do executivo sobre o assunto deve sair na próxima quarta-feira (19).

Reações

Alguns dos sindicatos que representam servidores do Estado já se manifestaram contra a decisão. O sentimento entre os servidores é de indignação. Aline Risi, diretora do Sindicato dos Escrivães e da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis, classificou como desrespeitosa a atitude do governo. "O servidor aguarda ansiosamente pelo menos a publicação da comunicação sobre o 13º e eles adiam. Sabe-se lá se adiarão de novo no dia 19. Continuamos com nossas contas vencendo, com problemas para sustentar nossas famílias, e eles continuam não nos tratando como cidadãos", afirmou. A sindicalista ainda contou que uma assembleia geral extraordinária foi convocada para a próxima segunda-feira (17) e há indicativo de greve.

Ainda na segurança, outro sindicato que se posicionou contrário ao adiamento foi o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindipol). Zé Maria de Paula, presidente da organização, afirmou que já esperava a atitude e se preocupa com a transição entre os governos. "O governo está brincando conosco, estamos de olho nisso, tinha o compromisso de pagar o salário em duas vezes, agora parcelou em três. Imagine se chega dia 28 e ele não paga a terceira parcela, dia 2 ele também não paga porque já será outro governo", protestou.

Entre os policiais militares, o sentimento também é de revolta. Nas palavras do sargento Marco Antônio Bahia, presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), "mais uma vez nossa categoria está frustrada com o governo que insiste em parcelar o nosso salário e mais uma vez adia o anúncio sobre o 13º. Criamos uma expectativa muito grande sobre esse anúncio e agora a tropa está em polvorosa". O líder da associação, entretanto, disse que não há nenhum movimento para paralisação dos serviços. "Vamos continuar trabalhando na esperança de que o governo resolva essa situação para que continuemos servindo o povo mineiro".

Já o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG) se mobilizaram nessa sexta-feira (14) para paralisar os serviços administrativos do estado a partir da próxima semana. Segundo Geraldo Henrique, diretor político do sindicato, setores como educação, segurança e as secretarias de Estado devem ser afetados. "A previsão é que comecemos na terça-feira (18). Temos uma base de 30 mil servidores, que estão se mobilizando conosco pelas redes sociais desde que o governo anunciou que não vai se reunir conosco hoje", explicou Henrique.

Saúde

Pela manhã, os servidores do Sistema Estadual de Saúde realizaram um protesto na Praça da Liberdade para exigir do governo um posicionamento referente ao pagamento do 13º salário. A categoria, que deflagrou greve nesta quinta (13), também quer a antecipação de uma parcela do salário referente a novembro. Os manifestantes chegaram a fechar a avenida Bias Fortes, em frente ao Palácio da Liberdade. Das categorias profissionais ligadas à área da saúde, apenas a dos médicos não aderiu à greve.

Procurada, a Secretaria de Estado de Fazenda não se manifestou sobre o assunto. Os servidores associados ao Sind-Saúde/MG planejam realizar uma assembleia ainda na tarde desta sexta. Se optarem pela manutenção da greve, devem estabelecer as regras de escala mínima nas instituições de saúde do Estado (Fhemig, Hemominas, ESP, SES e Unimontes). Cerca de 30 mil servidores atuam na área de saúde em Minas Gerais.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou o recebimento de indicativo de greve por parte do Sind-Saúde.

 

Com Hoje em Dia



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