Governo de Minas pretende cortar gastos ao cancelar serviço de segurança em escolas
O governo de Minas Gerais pretende cancelar o contrato com a empresa que faz a segurança em escolas da rede pública do estado. O motivo seria a contenção de verba. O anúncio desagradou os vigilantes e também profissionais e estudantes que reclamam da insegurança nas instituições de ensino.
De um total de 3.620 unidades, 165 escolas e 24 unidades administrativas contam com proteção. Seiscentos e cinquenta e três vigilantes podem ser dispensados. A empresa contratada é de segurança patrimonial.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação, o custo mensal para manter o serviço de proteção é de cerca de R$ 4,6 milhões. Por ano, o gasto fica em torno de R$ 55 milhões. O valor é considerado alto pelo governo.
O Sindicato dos Vigilantes criticou a proposta do governo. “O patrimônio e a vida das pessoas é que estão em risco. Neste momento, em que a segurança é essencial, o governo de Minas quer retirar a segurança das escolas”, disse o presidente Edilson Silva.
Em uma escola em Venda Nova, funcionários e alunos disseram que convivem com o medo. “A gente está tendo muita invasão de pessoas que a gente não conhece. E a gente fica com medo”, contou a professora Michelle Soares.
Na instituição, o muro caiu em outubro do ano passado e, até hoje, não foi reparado. Há risco de desabamento. A escola perdeu cerca de 600 alunos desde o ano passado, o que teria sido motivado pela insegurança.
Segundo o governo, nos próximos dias, um tapume será colocado no local, mas a obra não tem data para acontecer e depende de licitação.
A secretaria esclareceu que o serviço terceirizado de vigilância nas escolas do estado não foi suspenso. Reforçou que a empresa contratada é de segurança patrimonial e não atua para garantir a segurança de alunos e servidores.
A secretaria afirmou que conta com a parceria da Polícia Militar que realiza patrulhamento nas imediações das unidades de ensino. Segundo a secretaria, as rondas são planejadas a partir de cronogramas desenvolvidos pela PM. Também informou que mantém programas de enfrentamento à violência com ações pedagógicas no ambiente escolar.
Com G1