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Contagem confirma 78 casos de febre maculosa

A cidade de Contagem, na Grande BH, notificou 78 casos de febre maculosa neste ano. Entre os seis casos confirmados, estão as mortes de quatro pessoas da mesma família.

Carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa./ Foto: Reprodução/TV GloboCarrapato-estrela, transmissor da febre maculosa./ Foto: Reprodução/TV Globo

Nessa segunda-feira (24), técnicos da Secretaria Municipal de Saúde fizeram vistorias no bairro onde elas moravam, que fica no limite com a capital mineira. Com roupas especiais e lanternas, técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha vistoriaram um terreno particular que fica no bairro Vila Boa Vista, na divisa das duas cidades. Eles caminharam pelo leito dos córregos do Muniz e Água Funda.

Segundo o diagnóstico apresentado pelo programa de manejo de capivaras de Belo Horizonte, há a possibilidade de elas estarem vivendo no local. O horário foi escolhido por causa dos hábitos noturnos do animal.

“A gente trabalha com a questão de as capivaras serem territorialistas. Agora, existe a possibilidade visto que é um afluente que conecta a Lagoa da Pampulha com o município. O município é conectado à Lagoa da Pampulha pelos cursos d'água e aí, como a capivara tem o hábito noturno e diurno de andar nos cursos d'água, por isso a gente está checando e fazendo o monitoramento”, explicou a diretora de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Contagem, Sirlene Almeida.

Uma substância branca em alguns pontos é a cal, que foi colocada para matar o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Esse trabalho de pesquisa é para traçar as estratégias de manejo das capivaras, hospedeiras da doença. Atualmente, elas não foram encontradas no local e os técnicos afirmam que os carrapatos podem ter sido trazidos por cavalos.

O terreno tem cerca de oito hectares e fica nos fundos das casas onde moravam as quatro pessoas da mesma família que morreram no mês passado por causa da febre maculosa. Mas a suspeita é que eles tenham contraído a doença em outra cidade.

“Nós fizemos um levantamento e eles participaram de cavalgadas fora do município. Por isso foi levantada a possibilidade de eles terem trazido os carrapatos já contaminados de outro lugar, terem vindo nos cavalos. Na quarta-feira, a gente começa uma investigação para saber por onde eles passaram, onde foi a última cavalgada, né, a região onde foi feita a cavalgada", falou Sirlene.

Outros dois casos da doença foram confirmados na cidade. Setenta e dois ainda estão sendo investigados. A transmissão em seres humanos ocorre pela picada do carrapato infectado com a bactéria causadora da doença.

“Uma vez que o hospedeiro tem o carrapato e o carrapato já está com a bactéria e ele pica o ser humano, aí ele transmite essa bactéria e ela vai desenvolver muito rapidamente a febre maculosa”, completou a diretora de Fiscalização Ambiental de Contagem.

Com G1



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