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Decreto de privatização do Ceasa Minas pode ser lançado nos próximos dias

Minas Gerais está na rota de privatizações do governo federal. A lista de 17 empresas que a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pretende vender inclui as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) e a Companhia Brasileia de Trens Urbanos (CBTU), que administra, entre outras unidades no Brasil, o metrô de Belo Horizonte. Os detalhes das operações foram divulgados ontem.

Só na unidade de Contagem, são cerca de 10 mil produtores atendidos. Foto: reproduçãoSó na unidade de Contagem, são cerca de 10 mil produtores atendidos. Foto: reprodução

Das 17 empresas, nove foram anunciadas na terça-feira e oito já estavam no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) – que vai nortear o plano de desestatização –, entre elas a Ceasa Minas e a CBTU.

Entre as novidades no PPI estão os Correios e a Telebrás. Além das estatais, foram incluídos ainda a venda de 20 milhões de ações excedentes da União no Banco do Brasil, volume que pode render até R$ 1 bilhão à União.

Segundo o ministro da Casa Civil, Ônyx Lorenzoni, a ideia é que algumas empresas sejam privatizadas total ou parcialmente e que outras sejam oferecidas para parcerias com a iniciativa privada. Mas ele ressaltou que, por enquanto, foram abertos estudos para a privatização, ou seja, pode ser que alguma empresa saia da lista caso o governo conclua que o negócio não será vantajoso.

Decreto

Com seis unidades em Minas, a Ceasa é uma empresa de economia mista do governo federal, sob o guarda-chuva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com Lorenzoni, o decreto de privatização da companhia “pode sair nos próximos dias”.

Procurada para falar sobre os possíveis impactos da privatização, a Ceasa Minas informou, por meio de nota, que, por não ter sido citada entre as nove empresas “prioritárias” para venda, “no momento, a situação da estatal continua inalterada”. Também não comentou o fato de a empresa ter sido incluída anteriormente no processo de desestatização.

“Considerando o pronunciamento realizado ontem (terça-feira, 21) pelo governo federal, a Ceasa Minas não foi elencada entre as nove empresas estatais que já serão objeto de privatização. Sendo assim e no momento, a situação desta estatal continua inalterada”, diz a nota da empresa.

Abastecimento

A Ceasa é considerada um ativo promissor para engordar o caixa da União, mas a equipe econômica não divulgou quanto espera arrecadar com a venda da empresa, que movimentou cerca de R$ 5 bilhões em 2018 em suas seis unidades – Barbacena, Caratinga, Contagem, Governador Valadares, Juiz de Fora e Uberlândia.

No total, os entrepostos comerciais da Ceasa Minas abrigam 760 empresas, sendo 525 apenas em Contagem. São 16 mil produtores atendidos (10 mil apenas em Contagem), com 45 mil clientes diretos e 12 milhões de clientes indiretos em Minas. No total, são comercializadas cerca de 2,4 milhões de toneladas de alimentos por ano.

A CBTU também não comentou o assunto, mas em junho deste ano, quando foi incluída no PPI, divulgou nota informando que seguiria o cronograma do governo, com previsão de ir a leilão no primeiro semestre de 2022.

Com Hoje em Dia



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