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Após 13 dias de obstruções e tumultos, projeto 'Escola sem Partido' é aprovado em 1º turno na Câmara

Após 13 dias de obstrução da oposição, o Projeto de Lei 274/17 – Escola Sem Partido – foi aprovado em 1º turno na noite desta segunda-feira (14), na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Foram 25 votos favoráveis à proposta, oito contrários e nenhuma abstenção. Ao todo, 33 vereadores participaram da tumultuada sessão enquanto manifestantes gritavam palavras de ordem na portaria da Casa.

Foto Ilustrativa/Reprodução: InternetFoto Ilustrativa/Reprodução: Internet

Para ser votado em 2º turno, 29 emendas ao PL precisam ser analisadas por comissões da Câmara Municipal. No entanto, para Wesley Autoescola (PRP), um dos líderes da bancada cristã, o trâmite como será uma "batalha". "Quero reforçar que a frente cristã tem muito desejo que esse projeto vire lei. Independente se (Alexandre) Kalil vetar, vamos pressionar", comentou o parlamentar, que celebrou o resultado. "Agora, é horar de comemorar, e muito", resumiu.

Ele ainda fez elogios aos vereadores da oposição que conseguiram obstruir as pautas da casa por 13 dias. "Sem demagogia, quero parabenizar a esquerda. Que, usando o regimento da Casa, conseguiram obstruir", ponderou Wesley. De acordo com ele, que citou o Censo 2010, o PL é necessário uma vez que 90% dos belo-horizontinos são cristãos.

Uma das que se opôs ao projeto é a vereadora Cida Falabella (Psol). Para ela, apesar da votação, a "esquerda ganha, pois esse projeto nunca foi tão discutido". Ela disse que sai "com a sensação de dever cumprido", mas lamentou o fechamento da galeria, que provocou manifestações de centenas de professores e estudantes na porta da CMBH. "Sentimos falta das pessoas, mas é com elas que vamos conversar agora", ressaltou.

"É um projeto que parte do princípio de que a família educa e a escola ensina. Primeiro que as famílias não são de um modelo só, segundo que a escola é um espaço de cidadania", defendeu a parlamentar. "Escola tem que ser lugar de debate, e é tudo que eles não querem", completa Falabella.

Tensão

Desde a tarde desta segunda-feira, proibidos de entrar na Casa após um pedido aceito pela presidência da Câmara, feito pelo superintendente de Segurança e Inteligência, coronel Euler Pereira Queiroz, grupos de professores e estudantes fizeram barulho. Na justificativa do coronel, ele lembra que eventos recentes, como o ocorrido em 9 de outubro, quando o espaço precisou ser esvaziado, houve danos ao patrimônio público.

“Assim, após a criteriosa análise de todos os fatores de risco envolvidos em relação à segurança de todos os presentes, funcionários e manifestantes, bem como os riscos ao patrimônio público, este superintendente resolve assessorar a Presidência da Casa, no sentido de que a reunião desta segunda-feira, e as demais, que porventura ocorrerem para votação do projeto Escola Sem Partido, aconteçam sem a presença de público, estando inclusive o Hall da Presidência fechado para a presença de público externo”, diz o comunicado.

Com Hoje em Dia



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