Estado recua, e presídios de Minas não terão mais racionamento de água
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A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou nessa quinta-feira (05) que estão suspensas as medidas para o racionamento de água nos presídios de Minas Gerais. Com o objetivo de cortar despesas, o governo havia determinado que as unidades limitassem o uso do recurso para no máximo seis horas diárias.
Segundo a Sejusp, por meio do Departamento Penitenciário, essa suspensão vale até que a área técnica possa avaliar as particularidades de cada uma das 197 unidades prisionais administradas pelo Estado.
No texto, que foi publicado por meio de um Memorando, a justificativa dada era “a necessidade de economia nos gastos de água e esgoto nas unidades prisionais, que segundo o documento, estariam muito elevados", diz.
"Com um gasto médio de água por preso que é 88,7% maior do que a média brasileira, o valor total das contas de água do Sistema Prisional alcançou, apenas em junho/2019, R$ 7.682.901,78", ressalta.
A Sejusp afirmou que "o objetivo do trabalho da atual gestão continua sendo o de otimizar o uso do recurso hídrico em todas as unidades para evitar o desperdício, sem prejudicar as atividades de custódia e ressocialização, respeitando sempre a dignidade e as necessidades de higiene e consumo dos custodiados", diz. A secretaria ainda ressalta que trabalha para consertar eventuais problemas relativos às estruturas hidráulicas.
Contagem
Nessa quarta-feira (04) a Defensoria Pública e o Ministério Público solicitaram à Justiça que as unidades prisionais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, não fossem obrigadas a seguir a determinação de racionamento.
A Vara de Execuções Criminais havia acatado o pedido nessa terça-feira (3) e, desde então, o Complexo Penitenciário Nelson Hungria e o Ceresp Contagem não estavam mais obrigados a reduzir o uso de água.
Com O Tempo