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Laudo que vai apontar causa da morte de bebê pode demorar até 30 dias

O laudo pericial que vai apontar a causa da morte de um bebê de cinco meses, na última terça-feira (3), em uma creche no bairro Água Branca, em Contagem, na Região Metropolitana, pode demorar cerca de 30 dias para ser confeccionado pelo Instituto Médico Legal (IML). O documento é a peça chave para o inquérito que foi aberto nessa quinta-feira (5) e está sendo conduzido pela delegada Renata Lima, da 2ª Delegacia de Contagem.

Foto: Alex de JesusFoto: Alex de Jesus

O período também pode ser estendido, caso o legista entenda que exames completares sejam necessários. Apesar disso, a delegada afirmou na manhã desta sexta-feira (6) que a investigação trabalha com duas hipóteses para a morte da criança.

“Uma é a de negligência, que pode ter em algum nível contribuído para a morte da criança. A outra é de uma fatalidade, que pode ser a ocorrência da síndrome de morte súbita do recém-nascido. É uma circunstância médica que atinge uma parcela considerável de recém-nascidos, nessa faixa etária, de zero a doze meses. E ela é muito traumática, mas não tem uma causa específica”, explicou a delegada.

Ainda de acordo com a delegada, em caso de negligência, os responsáveis pelos cuidados da criança na creche podem responder por homicídio culposo. A delegada também informou que não foi verificada nenhuma condição de precariedade na creche. “Nós iremos conversar com os pais e entender se a criança tinha, por exemplo, alguma condição médica especial”, finalizou.

A morte

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, policiais foram acionados na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Água Branca, onde já havia sido constatado o óbito da criança. À corporação, a médica contou que a criança deu entrada no local com parada cardiorrespiratória. Com o apoio do Samu, foi realizado o processo de compressão cardíaca, mas a criança não resistiu.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, a proprietária da creche afirmou que havia alimentado a criança por volta das 10h50 daquele dia, esperou a criança arrotar e depois a colocou no berço. Ela saiu de cômodo e, ao retornar, cerca de 30 minutos depois, percebeu que a criança estava com as mãos frias, momento que iniciou-se a corrida para salvar o bebê.

Nessa quinta-feira (5), a Secretaria Municipal de Educação de Contagem (Seduc) informou que a creche não tinha autorização de funcionamento para a Educação Infantil. Segundo o advogado da creche, Humberto Silva, a situação do estabelecimento, ao que tudo indica, era regular. “Essa informação da prefeitura para mim é nova. Pelo que eu sei, segundo os documentos, é que ela estava regular. Mas isso ainda será apurado com mais calma”, pontuou o advogado.

Com O Tempo



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