Pai de fisiculturista morto em boate espalha outdoors pedindo Justiça
- Categoria: Polícia
O pai do fisiculturista Allan Guimarães Pontello, 25, morto na Boate Hangar 677, no bairro Olhos D'Água, região do Barreiro, vai cobrar, nesta terça-feira (12), informações da Polícia Civil, sobre as investigações da morte do filho. Além disso, três outdoors foram instalados em frente ao Itaú shopping, Big Shopping e Fórum de Contagem, na região metropolitana da capital, pedindo justiça. Outros três outdoors devem ser instalados ainda nesta terça em Belo Horizonte.
O pai da vítima, Dênio Luiz Pontello, 47, vai prestar depoimento na tarde desta terça-feira no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O pai contou a reportagem que recebeu a carteira do filho e achou o comprovante do estacionamento amassado entre o dinheiro, marcando o horário de chegada do filho à boate, 1h56. "`As 3 horas, meu filho já estava morto", lamentou.
A morte de Allan ocorreu na madrugada do último dia 2 de setembro e as circunstâncias para a morte ainda permanecem obscuras. Há duas versões para o caso. Os organizadores do evento alegam que Allan Guimarães Pontelo foi encontrado com drogas e que, ao ser abordado pelos seguranças, ficou exaltado, e teve um ataque cardíaco. Já um dos amigos da vítima alegou que os funcionários da boate forçaram a saída dele do local. A vítima, que era fisiculturista, estava com vários hematomas pelo corpo.
Por volta das 2h50 da madrugada, os organizadores da festa ligaram para a polícia informando a morte do rapaz. Segundo o tenente Jerry Adriano Martins de Abreu, ao chegar na boate, eles contaram que Pontelo foi abordado pelos seguranças com ecstasy e papelotes de substância semelhante à cocaína. “Os funcionários afirmam que a vítima ficou muito exaltada e que teve um mal súbito. Paramédicos que estavam no local teriam tentado reanimá-lo por mais de uma hora, entretanto, o rapaz não resistiu e faleceu no local por volta das 2h50”, contou o militar.
Ainda conforme o militar, um amigo da vítima afirmou que logo após Pontelo ter sido abordado no banheiro, os seguranças o levaram para um local isolado. “O amigo disse que não conseguiu ver o que aconteceu com Pontelo depois. Ao procurar o amigo, ele o encontrou recebendo massagem cardíaca e que, ao se aproximar, ele já estava morto”, completou o tenente.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a perícia foram até a boate. Pontelo apresentava vários arranhões pelo corpo e lesões nos dedos dos pés. A corrente que ele estava no pescoço apresentava marcas de sangue e a blusa dele estava rasgada. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da capital. No carro da vítima, um HB20 F, foram achados apenas um pote de whey protein e de glutamina. Já os vigias afirmam ter encontrado no bolso do rapaz 68 comprimidos de ecstacy e dois papelotes de cocaína.
Da Redação com OT