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Voto secreto rende mais um capítulo na Câmara e novela está longe do fim

A votação que determinou a continuação do voto secreto na Câmara terminou na última semana, mas a discussão sobre o tema ainda não e promete se estender por mais alguns capítulos. No encontro do legislativo desta semana o tema voltou à tona e Douglas Melo, PSC, lembrou que “hoje faz aniversário de uma semana que esta Câmara aprovou o voto secreto”.

A gota d’água para mais uma rodada de debates foi o requerimento de autoria do vereador Pastor Alcides, PMDB, pedindo que fosse incluído na ordem do dia o substitutivo sobre o código de ética da Câmara paralisado há mais de um ano. Alguns vereadores não concordaram com a atitude do colega, uma vez que Pastor Alcides foi quem apresentou proposta para que o voto fosse fechado para eleição da mesa diretora da Câmara.

Douglas Melo, à esquerda, lembrou da votação que determinou o voto secreto / Foto: Alan JunioDouglas Melo, à esquerda, lembrou da votação que determinou o voto secreto / Foto: Alan Junio

“Considero isso uma incoerência porque o senhor (Pastor Alcides) apresentou o substitutivo para que o voto fosse fechado (para a presidência da Câmara). Como que a gente pode votar um código de ética se não aprovamos o voto aberto que daria mais transparência para essa Casa”, questionou Douglas Melo.

Marcelo Coopersellta, PMN, comunga da opinião de Melo e quis saber do pmdebista se a votação para a presidência da Câmara, na opinião dele, seria mais importante do que as outras votações que acontecem no legislativo. Alcides garantiu que as duas “têm a mesma importância” e continuou defendendo seu ponto de vista.

Pastor Alcides, de gravata, reafirmou sua posição de voto secreto para presidência da Câmara / Foto: Alan JunioPastor Alcides, de gravata, reafirmou sua posição de voto secreto para presidência da Câmara / Foto: Alan Junio

“Com relação ao nosso debate aqui é mais que salutar, eu não tenho que concordar com ninguém e ninguém precisa concordar comigo, nós todos estamos buscando o bem estar da população que representamos. Quando trouxemos o substitutivo ressaltamos que todas as matérias seriam observadas em voto aberto, ressalvando o voto secreto para eleição da mesa diretora. Neste momento encontrei essa forma entendendo ser salutar, mas voto aberto para todas as outras matérias estava garantido," argumentou.

A questão sobre o voto aberto promete mais capítulos porque corre nos bastidores da Câmara a informação de que um vereador vai tentar entrar com um projeto de voto aberto de iniciativa popular. Para conseguir as assinaturas necessárias o parlamentar pretende instalar, já nos próximos dias, uma tenda em frente ao Centro de Atendimento ao Turista, CAT, para abordar as pessoas para que assinem a proposta.

 

Por Marcelo Paiva



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