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Vereadores questionam valores da obra do Hospital Regional que precisa de mais verba

A Reunião Ordinária realizada nessa terça-feira, 17, na Câmara Municipal de Sete Lagoas teve clima quente, com levantamentos feitos pelos vereadores sobre a obra do Hospital Regional, que necessita de mais verba para sua finalização. Foi levantado pela Comissão de Acompanhamento e Fiscalização de Obras do legislativo municipal, através dos números passados pela Secretaria de Obras da área da saúde, comandada por Ronei Gott, conforme relatado pelo vereador Gonzaga, um possível superfaturamento para finalização das obras, e a questão foi levada no plenário da Câmara pelo Vereador Caramelo (PT).

Caramelo questionou que o valor original da obra era um, e para que a mesma fosse entregue totalmente acabada. Depois levantou a questão de que está sendo pleiteado um valor igual ou maior pelo qual foi licitada inicialmente, para sua finalização. “A obra era R$ 40 milhões de repente virou R$ 100 milhões. Outra coisa, o prefeito sempre falou que a obra era ligada a ele e agora que está faltando dinheiro a obra é do Estado? Acho que a briga é de todo mundo, temos que unir forças, mas temos que falar a verdade. Tinha até data de inauguração ano passado e agora tá faltando R$ 50 milhões, tem algo esquisito aí”, avaliou.


Caramelo questiona requerimento de mais dinheiro para finalização de obra do Hospital Regional/ Foto: Alan Junio Caramelo questiona requerimento de mais dinheiro para finalização de obra do Hospital Regional/ Foto: Alan Junio

Diante da fala de Caramelo, vários vereadores se inscreveram para falar sobre o assunto relativo ao aumento do valor da obra. O Vereador Gonzaga, em cima do que fora colocado por Caramelo, disse ter ficado alarmado com a situação encontrada na obra do Hospital Regional. “O que quero esclarecer para o Plenário é que esses números (valores que serão necessários para a conclusão da obra) foi o senhor Ronei (Gott, gerente da obra) que nos passou. Então, a Comissão tem cumprido o seu papel. Sobre um possível superfaturamento da determinada obra, concordo plenamente com você (Caramelo) que foi licitada em torno de R$ 48 milhões e estão cobrando lá, me parece, mais R$ 36 milhões para a conclusão”, afirmou Gonzaga.

Voltando a falar o vereador Caramelo reafirmou sua falar anterior, quando questionou o valor da obra. “Com relação à Comissão comecei parabenizando o trabalho, não critiquei de maneira nenhuma. O que questionei é que ele (Ismael Soares, relator da Comissão) falou que o prefeito não tinha culpa e que o problema é com o Estado. Mas quando tinha data para inaugurar era do prefeito. Agora que deu problema o prefeito não pode sair fora. Igual vocês falaram, tem que irmanar para ir lá (no Estado). Na minha opinião a verba é do Estado, mas a obra é do município e região”, posicionou Caramelo.

As falas não ficaram restritas somente às obras do Hospital Municipal, e Marcelo Cooperseltta, do PMN, que é opositor ferrenho ao Prefeito, questionou o informativo em que a Prefeitura Municipal elenca uma série de obras que estão sendo feitas na cidade. Marcelo confronta as informações contidas no jornal veiculado pela atual administração sobre as obras que foram e estão sendo feitas, onde é relatado que as mesmas ali mencionadas estão avaliadas em R$ 430 milhões, e questionou o valor divulgado porque as obras da Estação de Tratamento de Água, ETA, e do Hospital Regional estão paradas, enquanto está sendo gasto estas cifras em outras obras pela cidade.

O vereador, Milton Martins (PSC) disse que vai a Assembleia Legislativa, ainda esta semana para uma reunião com o deputado estadual Douglas Melo (PSC) e requereu dos vereadores que compõem a Comissão de Acompanhamento e Fiscalização de Obras os documentos para que sejam apresentados no encontro para colocar o deputado a par da situação. “Como líder partidário me coloco à disposição para realmente traçar metas para que se cumpram”, se dispôs.

Dr. Euro como líder do governo, tentou justificar os entraves burocráticos e ratificou que a obra do Regional não está parada.

Em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Sete Lagoas, fomos informados que a obra não está parada, alegando que tem 30 funcionários prestando serviços no local, e sobre o superfaturamento a assessoria de comunicação da Saúde relatou que a Prefeitura de Sete Lagoas está buscando o restante do recurso do segundo convênio firmado com o Governo do Estado, e informa que foi necessário corrigir algumas inconformidades encontradas no projeto inicial, o que já foi feito. A Secretaria de Saúde repassou os dados seguintes:

Valor do convênio 203/2011: R$ 45.912.050,80
Contrapartida da Prefeitura: R$ 1.395.884,27

Valor do segundo convênio 2103/2013: R$ 37.952.747,68
Valor repassado pela SES a PMSL: R$ 5.500.000,00

Valor do convênio complementar a ser realizado: R$ 33.557.056,83

Valor total das obras concluídas: R$ 118.817.739,57

Área Equivalente total (m²): 33.996,44
Custo por m² de área equivalente (R$/m²): R$ 3.495,01

Estimativa de custeio do HR: R$ 10.000.000,00 por mês.

Da redação com Ascom Câmara



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