Logo

SAAE diz que reclassificação da tarifa serve para punir o desperdício de água

Durante Audiência Pública realizada na sexta-feira (28), atendendo a requerimento do vereador Marcelo Cooperseltta (PMN), o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) justificou a recente reclassificação das tarifas de água da cidade como sendo de “caráter educativo”. 

A autarquia apresentou estudos para justificar a medida que vem causando polêmica em diversas áreas da cidade. Apesar de em algumas residências a tarifa ter apresentado uma redução, em boa parte da cidade as contas foram reajustadas causando estranheza na população. 

Na reclassificação apresentada pelo SAAE os domicílios são enquadrados em áreas de consumo. Com gasto de até 10 metros cúbicos de água o consumidor é enquadrado em uma categoria. Como um consumo acima de 10 metros cúbicos a categoria é outra e assim sucessivamente. Para o vereador Caramelo (PT), “é preciso ter um equilíbrio. Tá certo que 90 mil pessoas na cidade estão felizes, mas outras 90 mil não estão satisfeitas, dividiu a população” avalia.

Milton Martins (PSC) foi outro de prestigiou a Audiência e não saiu satisfeito com as explicações colocadas. “Não há justificativas para as atuais taxas. Não justifica o preço pela oferta de água”, opinou. Martins disse ainda que o Executivo “pisou na bola” ao colocar a reclassificação em prática sem antes realizar uma ampla discussão na Câmara Municipal.

A Audiência foi aberta ao público e teve participação de representantes do SAAE/Foto: divulgação CâmaraA Audiência foi aberta ao público e teve participação de representantes do SAAE/Foto: divulgação Câmara

Participação popular- Entre os presentes, Dawson Campos do Jardim Europa, Elgita Lopes do Bairro São João, e Maria José do Jardim Arizona se manifestaram e questionaram as ações do SAAE que oneraram as taxas pagas na conta de água. “Gastei 30 metros cúbicos em julho e a conta pulou para R$ 200”, reclamou Dawson que foi alertado sobre a reclassificação quando foi reclamar do aumento no SAAE.

Representaram o SAAE na Audiência, o procurador Wanderley Santos, o gerente comercial, Lourenço Pontelo, e o assessor de comunicação, Celso Martinelli. Pontelo ponderou que em Sete Lagoas 1.000 litros de água na casa do morador custa R$ 1,81, valor menor do que os cerca de R$ 3 cobrados pela Copasa em cidades vizinhas pelo mesma quantidade de água.

O executivo do SAAE disse ainda que a reclassificação aconteceu, entre outros motivos, por conta dos “flagrantes desperdícios”. “Quem sabe se a população conscientizasse não seria preciso”, completou.

Encaminhamento- Após os debates, Cooperseltta afirmou que vai “analisar juridicamente (o decreto que autorizou a reclassificação) pra que possamos entrar para sustar a reclassificação e mudar a modalidade”. O vereador concorda que muitas pessoas foram beneficiadas, “mas não pode olhar para uma parte da cidade e prejudicar a outra. Vamos olhar a legalidade desse reajuste”, prometeu antes de encerrar o encontro dizendo que foi de suma importância a Audiência.

Veja como está a nova classificação do SAAE (AQUI).

Com Ascom Câmara



Publicidade

© Copyright 2008 - 2024 SeteLagoas.com.br - Powered by Golbe Networks