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Eleições 2016: Entrevista com o candidato a prefeito de Sete Lagoas Marcio Reinaldo

O SeteLagoas.com.br preparou uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Sete Lagoas nas eleições municipais de 2016. A cada quinta-feira do mês de setembro, um novo candidato apresentou suas propostas para o próximo ano.

Nas entrevistas, divulgadas em ordem alfabética, os candidatos tiveram à disposição o mesmo espaço para respostas (1200 caracteres com espaço). Algumas questões foram enviadas pelos leitores do site.

O último entrevistado é Marcio Reinaldo, candidato à reeleição pelo Partido Progressista (PP), que tem como vice Carol Canabrava, do Democratas (DEM). Eles fazem parte da coligação “Experiência e Juventude: A força do trabalho”, composta pelo PP / PR / DEM / PV / PTB / SD.

Marcio Reinaldo é o sete-lagoano, tem 73 anos e é o atual prefeito de Sete Lagoas.

Marcio Reinaldo é candidato à reeleição pelo Partido Progressista (PP) / Foto: Reprodução Rede SocialMarcio Reinaldo é candidato à reeleição pelo Partido Progressista (PP) / Foto: Reprodução Rede Social

SeteLagoas.com.br - Descreva a sua trajetória política.

Marcio Reinaldo: Em 1990, resolvi sair do mundo tecnocrático e me habilitei a ser candidato a Deputado Federal. Tive na época 15 mil votos e fiquei na 3ª suplência do PTB, que na época foi o partido que eu escolhi. Voltei à área técnica e continuei trabalhando no Congresso Nacional, assessorando deputados e senadores. Em 1992, fui para o Ministério da Saúde, como secretário executivo, e depois, 1993, com o Itamar Franco, fui para o Ministério da Integração Regional. Na época, desenvolvemos um trabalho que nos habilitou a ser pessoa conhecida no Norte de Minas e em algumas regiões específicas. Para Sete Lagoas, eu já realizava um trabalho muito tradicional, o mesmo que acontecia em relação a Matozinhos, Paraopeba, Funilândia, Jequitibá, Capim Branco, Cordisburgo, Araçaí. Com isso, nós fomos criando o nosso nome de uma maneira positiva e propositiva.

Em 1994, com o apoio de prefeitos da região de Sete Lagoas e com um grupo de prefeitos do Norte de Minas, sobretudo das regiões de Janaúba, de Montes Claros e de Januária, nós saímos candidatos novamente. Obtivemos mais ou menos 38 mil votos e fomos eleitos pela primeira vez. A partir de 1994 e nos anos de 1998 e 2002, nós fomos sendo reeleitos para a Câm Atingiu o limite de caracteres permitido

SeteLagoas.com.br - Quais são as suas principais propostas e objetivos?

Marcio Reinaldo: Diante do quadro de grandes dificuldades que o Brasil atravessa, o maior desafio que temos hoje é a dignidade humana, é o emprego. Nós não podemos conviver esta realidade: uma família onde a mulher às vezes trabalha e o marido está desempregado; dois, três, quatro filhos desempregados. Isto está tornando uma situação muito angustiante. Então, nós temos que lutar com unhas e dentes e ter como prioridade absoluta a busca de projetos e programas, bem como de intercâmbios com empresas e mesmo com organizações internacionais, para fazer de Sete Lagoas um local que ofereça empregos, sobretudo para as famílias setelagoanas.

Pergunta do (a) leitor (a) - “Sendo realista, o país está em profunda recessão econômica, sabendo que não pode prometer muita coisa, qual área irá priorizar?”

Marcio Reinaldo: Além da área do emprego, na qual podemos evoluir muito através do programa de habitação, que naturalmente depende da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do Ministério da Cidade – depende enfim do Governo Federal, sobretudo – eu acredito que esse é o caminho que podemos trilhar com muita expectativa. Outro desafio é trazer indústrias para Sete Lagoas. É dinamizar o setor de serviços, visando também mexer na qualidade tecnológica, no nosso parque de serviços e empreendimentos.

Mas eu vejo também um desafio muito profundo na saúde, que nos temos de melhorar. Também devemos continuar evoluindo e melhorando a educação e, sobretudo, a infra-estrutura e o saneamento. Deixar Sete Lagoas longe daqueles pontos críticos, que fomentam problemas como a esquistossomose, a dengue; problemas de saúde pública, enfim. São áreas que Sete Lagoas precisa sanear definitivamente. Nós já avançamos muito, mas este é campo também que precisa ser valorizado. A cultura, o esporte e, principalmente o turismo, são áreas em que Sete Lagoas ainda pode avançar muito.

Pergunta do (a) leitor (a) - “O Parque da Cascata na Serra de Santa Helena foi fechado. No teatro ao lado do Mercadão a obra está parada. A Ilha do Milito está abandonada. O que você pretende fazer para que o Turismo cresça em nossa cidade?”

Marcio Reinaldo: A Ilha do Milito está desativada comercialmente porque não temos empreendedor em Sete Lagoas que se habilite a explorar o local. Houve um que foi habilitado, esteve lá, realizou obras mas não teve capital de giro nem gerência para tocar o comércio. Então, perdeu a concessão. Houve outro, que ganhou a licitação mas não teve fôlego nem para colocar lá uma telha. Foi o Roberto do Mirante. E os empresários da área de restaurante e bar não têm se mostrados interessados.
Oferecemos o local para um grupo chinês, da cidade de Yixing, para que implantem ali uma lanchonete ou um restaurante chinês, e que ali também seja um centro de intercâmbio cultural, social, etc. Mas isso depende da evolução de nossas tratativas com Yixing, o que deverá ser um ponto efetivo.

Quanto ao Teatro Redenção, ao lado do Mercadão, o imóvel pertence à Fundação Educacional Monsenhor Messias. Cabe a ela dar explicações sobre isso.
Quanto ao Parque da Cascata, que estava ligado à Seltur, ali virou praticamente um “esquema” de movimentação da Prefeitura. Quem tomava conta da lanchonete eram funcionários da Prefeitura. Ali se transformou em local intercâmbio de traficantes e usuário de drogas. Como estavam destruindo a na Atingiu o limite de caracteres permitido

Pergunta do (a) leitor (a) - “O que você irá fazer para melhorar a segurança? No meu bairro mataram duas pessoas em menos de uma semana. Estou com medo de sair na rua, por causa da violência, que pode atingir nós, os cidadãos de bem”.

Marcio Reinaldo: A segurança é um problema nacional, um problema de segurança que compete ao Estado. O Estado de Minas Gerais é que tem que fazer esse trabalho, com a Polícia Militar e Polícia Civil, basicamente. Infelizmente, a gente vê que o Estado também está capenga, pois não repõe o contingente que aposenta. Nós temos aí uma defasagem imensa em Sete Lagoas. O que a gente pode fazer, contando com a Guarda Municipal, é buscar projetos de boa tecnologia que estejam disponíveis no mundo e colocar esses avanços a serviço do cidadão.

Na cidade de Yixing, na China, nós vimos um projeto que é maravilhoso. É feita a identificação facial e de atitudes de pessoas, em todos os cantos das ruas. Então, se alguém está indo de carro ou a pé por uma calçada, estará sendo filmado. A fotografia dele, a cada momento, está sendo enviada para um centro de identificação da Polícia e sendo processada, e de uma maneira integrada ela identifica se o cidadão é procurado pela Polícia, se está praticando algum tipo de crime, se está assaltando alguém. Imediatamente, a Polícia Militar recebe um alerta e poderá agir. Este projeto está em andamento. Nós já estamos na Secretaria de Segurança do Estado pedindo apoio e a autoriz Atingiu o limite de caracteres permitido

Pergunta do (a) leitor (a) - “O que você vai fazer para melhorar a área da saúde?”

Marcio Reinaldo: A saúde era um dos primeiro pontos que nós tínhamos que assumir e que realmente está funcionando: a UPA atender a mais de 400, 500 pessoas por dia. O apoio do Governo Federal e do Governo do Estado é muito pequeno em relação à demanda, mas, de qualquer forma, é algo que já melhorou alguma coisa, mas que precisa melhorar mais.

O Hospital Regional, que é uma obra prometida e contratada pelo Estado para ser feita. O Estado não está cumprindo com a sua responsabilidade. Nós temos um convênio de 38 milhões de reais, dos quais o Estado só liberou 8 milhões. Ou seja, faltam 30 milhões. E a obra está parada exatamente por causa disso. Neste Governo do Pimentel, ele não liberou nem um centavo, alega falta de dinheiro. Mas eu acho que é falta de responsabilidade. Nós temos que fazer o Estado acordar para esta necessidade ou ele pagar por este crime de responsabilidade que lhe é afeto.

Mas vejo que temos de aumentar o contingente do Programa de Saúde da Família, que o município pode fazer. Quando nós assumimos, 40% da população atingida ou coberta pelo programa Saúde da Família, assim mesmo com a deficiência de profissionais em todas as áreas. Nós reforçamos esses profissionais, trouxemos 28 m Atingiu o limite de caracteres permitido


Leia também as entrevistas com os candidatos Elson Copafer, Emílio Vasconcelos e Leone Maciel.


Por Marcelle Louise






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