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Prefeituras mineiras fazem ajustes para encerrar gestão dentro do limite de gastos

Cortes de médicos em Contagem, atraso de pagamentos em Sete Lagoas, fila no atendimento da saúde em Nova Lima. Em tempos de arrocho e crise econômica, vários prefeitos mineiros penam para encerrar as suas gestões dentro dos limites de gastos impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Cerca de 90% das prefeituras mineiras têm feito ajustes. É quase impossível um prefeito em final de mandato em Minas que não tenha que fazer cortes para poder se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal”, aponta o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Antonio Andrada (PMDB), prefeito de Barbacena.

Em Sete Lagoas, previsão é que os salários de novembro, dezembro e o 13º fiquem para ser pagos pelo próximo prefeito / Foto: Alan JunioEm Sete Lagoas, previsão é que os salários de novembro, dezembro e o 13º fiquem para ser pagos pelo próximo prefeito / Foto: Alan Junio

A Lei de Responsabilidade Fiscal, estabelece, dentre outros pontos, que o gestor atual não pode deixar despesas contratadas a não ser que haja previsão de recursos em caixa para que o próximo governante faça os pagamentos. Também determina que a dívida do município não pode ultrapassar 200% da receita líquida.

“O cenário é muito mais complicado do que há quatro anos, na última mudança de gestão. Os municípios têm feito cortes, mas é preciso lembrar que o gestor não pode ferir os limites constitucionais das áreas de saúde (15% das receitas) e educação (25%)”, aponta o professor de contabilidade governamental do Ibmec, Tiago Borges.

Em caso de descumprimento da LRF e dos mínimos constitucionais, as contas do município podem ser rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado e o prefeito ser responsabilizado.

Sete Lagoas

Em Sete Lagoas, região central do Estado, Aloísio Barbosa, coordenador do prefeito eleito Leone Maciel (PMDB) na equipe de transição, aponta vários problemas. Ele afirma que os salários de novembro, dezembro e o 13º ficarão para ser pagos pelo próximo prefeito, apesar dos cortes de alguns cargos de confiança pela gestão atual como forma de economizar. “A Irmandade de Nossa Senhora das Graças (que gere o hospital) entrou na Justiça para o sequestro de cerca de R$ 6 milhões da prefeitura”, afirma.

No entanto, Denio de Freitas, da controladoria municipal de Sete Lagoas, que atua representando o atual prefeito na transição, afirma que a situação já foi sanada e que o município está em conformidade com a lei. “As prestações de contas quadrimestrais da prefeitura, junto ao TCE, estão todas em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Posso garantir que iremos entregar a prefeitura em conformidade com as diretrizes da lei”, pontua.


Da Redação com Hoje Em Dia



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