O secretário municipal de Trânsito e Transporte Urbano, Sílvio Augusto de Carvalho, esteve na reunião ordinária dessa terça-feira (29) para esclarecer dúvidas sobre o novo sistema de estacionamento rotativo que está em fase de implantação em Sete Lagoas. O vereador Milton Martins (PSC) foi o autor do requerimento 974/2016 e fez vários questionamentos sobre o contrato celebrado entre o município e a empresa Gerenciamento e Controle de Trânsito (GCT), gestora do Faixa Azul.

O secretário fez uma apresentação sobre o sistema que vai funcionar de forma digital. O usuário pode adquirir créditos pelo celular através de um aplicativo. Por várias vezes Sílvio justificou que atualmente não há rotatividade nas vagas, “o motorista para o carro de manhã e fica até à tarde”.

Secretário apresentou o plano de mobilidade da Seltrans e o novo sistema / Foto: Ascom Câmara

Ainda de acordo com o secretário o talão continua valendo e o valor continua o mesmo, R$ 1,50 a hora. “Nas próximas três semanas o trabalho será educativo, não terá autuações”. Sobre motos ou motoristas com necessidades especiais foi falado que “não há rotativo” para as duas situações.

Após a apresentação, Martins disse “não sou contra a criação de estacionamento rotativo, sou contra da forma como é feito”. O vereador reclamou o fato de a Câmara não ter sido envolvida no processo. “Algo de tamanha proporção não tem a consideração de enviar para a Câmara, simplesmente baixa um decreto. Como vão criar mais 1.262 vagas”, questionou antes de cobrar o envio de documentos para análise sobre o processo licitatório.

Marcelo Cooperseltta (PMDB) defendeu que é preciso primeiro organizar o transporte coletivo para depois discutir o faixa azul. “Se o cidadão tem um transporte público organizado, ele não precisa tirar o carro de casa”, disse. Dr. Euro sugeriu uma reunião entre servidores da prefeitura e vereadores para esclarecer as dúvidas. “Se a Câmara está exigindo e tem algum detalhe o bom senso manda que a gente sente e discuta”.

O questionamento apresentado por Pr. Alcides (PMDB) foi de “como será feito o trabalho do vídeo monitoramento pelos fiscais móveis”. Sílvio explicou que há uma central de operações dentro da secretaria onde terá fiscais de trânsito: “O monitor na rua faz o cadastro das placas e automaticamente cai na tela do agente de trânsito que verifica em tempo real”.

Mais um a se manifestar foi o vereador Gonzaga (PSL) que quis saber sobre a procedência e cidade de origem da empresa GCT tecnologia. A resposta apresentada foi que “é uma empresa de Belo Horizonte, presta serviços para BHTrans e Transcon. Acredito que seja uma das maiores empresas brasileiras”, completou Sílvio. Por fim, Gonzaga garantiu que vai estudar alguma alteração na lei para que seja obrigatória tramitação na Câmara de projetos de tipo.

O último a contribuir foi Padre Décio (PP) que disse que atualmente o que acontece é “reduzir a velocidade e aumentar a penalidade. O brasileiro precisa ser reeducado. É uma tendência mundial, a diminuição da velocidade para privilegiar a mobilidade urbana”.


Da Redação com Ascom Câmara