Secretaria de Saúde fala sobre contrato com HNSG em reunião na Câmara Municipal
Representantes da Secretaria Municipal de Saúde utilizaram a tribuna da Câmara Municipal durante a Reunião Ordinária dessa terça-feira (23). O secretário Magnus Silva e a subsecretária de gestão de saúde, Lara Jamile, detalharam o contrato do município com o Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Em ato semelhante, a direção do hospital apresentou, em sessão recente, os números da unidade.
A subsecretária Lara revelou que o município tem uma proposta para efetivar um contrato de R$ 492 mil mensais durante este ano. “A gente quer garantir ao usuário a prestação do serviço, dentro das nossas possibilidades. Mas o município não pode fazer um contrato que não pode cumprir”, pondera.
Foi divulgado pela gestora que há um impasse em relação à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O município pretende reduzir a contrapartida diária de aproximadamente R$ 400 por leito para pouco mais de R$ 230. A redução, segundo ela, está embasada em valores pagos em Belo Horizonte.
“A gente precisa chegar em alguns valores, acreditamos na diretoria do hospital. O município tem se desdobrado para chegar aos valores, queremos garantir o atendimento. Mas o hospital precisa tomar medidas impopulares, digamos assim”, avalia.
Intervenção dos vereadores
Por dentro do assunto, já que faz parte da Comissão de Saúde do Legislativo, o vereador Gilson Liboreiro (PSL) pediu para que um novo estudo fosse feito em relação à previsão de 12 neurocirurgias para este ano. “Em 2008 foram 250 e 30 em 2016. O número vem caindo. Peço que revisem essa questão”.
Para o médico pediatra Euro Andrade (PP), “não tem como ter superávit com esse valor da tabela do SUS”. O vereador leu um trecho de um artigo do último número da revista do Conselho Regional de Medicina no qual o órgão diz que “hospitais filantrópicos passam pela maior recessão da história”. “Não é um problema só de Sete Lagoas”, ressaltou.
O estado deve ao município aproximadamente R$ 11 milhões em recursos para a saúde. Nesse sentido, Gonzaga (PSL) lamentou não existirem “leis que façam o governo repassar em dia”. “A gente é obrigado a atender pacientes de outros municípios, mas o governo não é obrigado a repassar em dia”, comentou Ismael Soares (PP).
Milton Martins (PSC) aproveitou a presença e questionou a denúncia recebida de que pacientes estariam furando fila de cirurgias com o consentimento de autoridades. De acordo com o secretário Magnus, a situação estava acontecendo, mas foi sanada com o fechamento da porta da central de marcação. A medida visa uma reorganização do sistema para que novos fatos não aconteçam.
Já Gilberto Doceiro (PMDB) quis saber sobre exames. “O cidadão cobra demais da gente a questão dos exames. Vocês trabalham com a possibilidade de um consórcio entre os municípios ou pacto regional?”, questionou. Magnus revelou que a secretaria entrou em processo de licitação com a Cismisel para atender em relação aos exames. O secretário disse ainda que um laboratório está em fase de implantação na UPA.
A cobrança de Pr. Alcides (PP) foi para mais agilidade nos exames. Segundo o secretário, quando assumiu a pasta 70% dos equipamentos de exames estavam estragados. Agora, os aparelhos para exames de imagem já estão funcionando e o pessoal está passando por reciclagem para um melhor atendimento ao cidadão.
Caramelo encerrou o debate defendendo que “precisa ter a negociação”. O presidente perguntou se há uma data limite para a assinatura do contrato e sugeriu: “vocês cederem um pouco e eles cederem um pouco”. Magnus disse que foi feito um aditivo ao contrato e que “tem conversado muito na contrabalança”. “Vamos tentar um acordo até o fim desta semana”, encerrou.
Da Redação com Ascom Câmara