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Clésio é condenado a mais de 5 anos por envolvimento no mensalão mineiro

O ex-senador e presidente da Confederação Nacional de Transportes (CNT) Clésio Andrade foi condenado a cinco anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro no esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro/tucano.

Foto: Geraldo Magela/ Agência SenadoFoto: Geraldo Magela/ Agência Senado

Apesar da condenação, ele foi absolvido dos crimes de peculato, que é o desvio de dinheiro público por servidores ou agentes públicos. A decisão é da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte e ainda cabe recurso.

A juíza Lucimeire Rocha entendeu que Clésio Andrade teve participação ativa no esquema de desvio de recursos das estatais mineiras para ser utilizado na campanha de tentativa de reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB).

Clésio era o candidato a vice na chapa tucana que foi derrotada por Itamar Franco (PDMB). Apesar disso, a magistrada inocentou o ex-senador dos crimes de peculato porque ele não ocupava nenhum cargo público na época dos desvios. Por isso, a condenação ficou restrita aos crimes de lavagem de dinheiro.

Entre as justificativas para condenar Clésio Andrade, a magistrada destacou que ele foi responsável por ser o fiador de empréstimos realizados pelo Banco Rural, que serviram para lavar o dinheiro desviado das companhias estatais mineiras. Esses financiamentos teriam sido quitados com os recursos desviados.

“Houve um empréstimo, afiançado pelo acusado, foram realizados saques em espécie desse recurso (fase de integração) para, posteriormente, celebrar outro contrato de empréstimo em substituição ao primeiro, também afiançado pelo acusado, pago em parte com o recurso oriundo da COPASA, após complexas operações para escamotear a origem (fase dissimulação)”, afirma na sentença.

Com O Tempo



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