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Zema promete valorização do funcionalismo e abertura da 'caixa-preta das finanças'

O empresário Romeu Zema (Novo) foi empossado no cargo de governador de Minas Gerais na manhã de terça-feira (1), na Assembleia Legislativa, prometendo abrir a "caixa preta" do estado e acabar com o que chamou de situação de falência do estado. No primeiro discurso, afirmou que vai cortar mordomias, valorizar o funcionalismo e regularizar os repasses às prefeituras.

Foto: Edesio Ferreira/EMFoto: Edesio Ferreira/EM

"Vamos tomar as medidas necessárias para recuperar Minas. Isso vai exigir sacrifício, o Estado está literalmente falido, precisamos de um pacto por Minas Gerais, de cooperação e união de todas as classes", disse.

Em seu primeiro discurso, antes mesmo de ser empossado, o governador eleito Romeu Zema (Novo) pediu a união dos mineiros para passar pela crise financeira que vive Minas Gerais. Entre as promessas do empresário estão a abertura da "caixa-preta das finanças".

"Passaremos por tempos difíceis, em que reformas administrativas e fiscais terão de ser levadas adiante, para que os servidores possam receber seus salários conforme determina a lei, o mais tardar até o quinto dia útil do mês seguinte. Para que as prefeituras possam voltar a receber os valores que têm por direito", disse Zema em discurso na Assembleia.

A posse do governador começou com atraso de aproximadamente uma hora. A solenidade, que estava marcada para às 9h, teve início quase 10h. Romeu Zema chegou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) por volta das 9h50.

Ao chegar, encontrou um pequeno protesto de um grupo de funcionários da MGS, que teme a demissão por causa da privatização da UAI, posto de serviços que funciona na Praça Sete. Ele passou pelo tapete vermelho estendido no pátio da Casa, e em seguida fez seu primeiro discurso, citando como vai enfrentar a crise financeira que vive o estado.

“Não dava mais para ver nosso estado na situação em que está e não fazer nada para melhorá-lo. Eu e o Paulo (Paulo Brant) aceitamos o desafio e agora temos que abrir a caixa-preta das finanças do estado. Arrumar a casa, renegociar a dívida com o Governo Federal para colocarmos as contas em dia, atrair investimentos. O estado ficou parado esses anos todos. Nosso objetivo é pagar o salário do funcionalismo sem atrasos, fazer os repasses para as prefeituras, criar empregos, cuidar da educação, da segurança e da saúde”, afirmou.

Outra promessa feita por Zema foi cortar as “mordomias” e “enxugar a máquina”. “Nós mais do que qualquer outro governo da história de Minas vamos cortar mordomias, luxos, desperdícios, ou seja, o mau uso do dinheiro público. Vamos acabar com os cabides de emprego e cargos por indicação política. É extremamente necessário enxugar a máquina. É preciso oferecer mecanismos e condições para que o servidor público consiga exercer sua função com excelência, no que diz respeito ao atendimento à população”, disse.

Por fim, pediu a união dos mineiros para enfrentar a crise financeira. “Vamos tomar as medidas necessárias para recuperar Minas. Todos nós, sem exceção, teremos que fazer sacrifícios, pois o estado está literalmente falido. E a partir de agora, precisamos de união. Todos nós, 22 milhões de mineiros, precisamos de um pacto por Minas Gerais de cooperação e união de todas as classes. Todos os poderes, todos os cidadãos e cidadãs, sem distinção”, finalizou.

Depois do discurso, Zema se dirigiu ao plenário da ALMG, onde aconteceu a cerimônia de posse. Ele ouviu o Hino Nacional e, em seguida, prestou compromisso constitucional. Depois, foi a vez do vice-governador eleito, Paulo Brant.

No plenário da Assembleia, Zema pediu aos deputados e deputadas consciência para a gravidade da situação do estado e que "reflitam a respeito sempre que um projeto entrar nesta casa". “Com o apoio dos deputados dessa Casa, Minas sairá nesta crise maior do que entrou”, disse.

Veja a íntegra do discurso

"Daqui alguns minutos, eu e meu amigo aqui, Paulo Brant, seremos empossados como governador e vice de Minas Gerais. Cargo que vamos exercer até 2022. Aceitamos este desafio, junto ao partido Novo, porque não dava mais para ver nosso estado na situação em que está e não fazer nada para melhorá-lo. Eu e o Paulo, aceitamos o desafio e agora temos que abrir a caixa-preta das finanças do estado. Arrumar a casa, renegociar a dívida com o Governo Federal para colocarmos as contas em dia. Atrair investimentos, o estado ficou parado esses anos, pagar o salário do funcionalismo sem atraso, fazer os repasses para as prefeituras, criar empregos, cuidar da educação, da segurança e da saúde.

Nós mais do que qualquer outro governo da história de Minas, vamos cortar mordomias, luxos, desperdícios, que são o mau uso do dinheiro público. Vamos acabar com os cabides de empregos e cargos por indicação política. É extremamente necessário enxugar a máquina. É preciso oferecer mecanismos e condições para que o servidor público consiga exercer a sua função com excelência no que diz respeito o atendimento a população.

Vamos tomar as medidas necessárias para recuperar Minas. Todos nós, sem exceção, teremos que fazer sacrifícios. Pois o estado está literalmente falido. E a partir de agora, precisamos de união. Todos nós, 22 milhões de mineiros. Precisamos de um pacto por Minas Gerais de cooperação e união de todas as classes. Todos os poderes, todos os cidadãos e cidadãs, sem distinção.

Espero poder contar com a imprensa, que tem um papel fundamental neste processo de transparência que vamos implementar em Minas Gerais. É preciso que todos colaborem para voltarmos a respirar. Este projeto de recuperação não é só meu, nem só do partido novo. É um projeto de toda Minas Gerais. Contamos com cada um de vocês. Muito obrigado."

 

Com EM



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