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Twitter Files Brasil 3: perfis e sites de esquerda também foram alvo de Alexandre de Moraes

PCO, Tabata Amaral e Luiza Erundina, entre outros, entraram na mira da Corte

Em um recente tweet, o jornalista David Ágape trouxe à luz a terceira fase da investigação Twitter Files Brasil. Nessa nova etapa, foi revelado que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) expandiu seus esforços para incluir perfis e sites associados à esquerda política.

O caso Twitter Files Brasil trata da divulgação de arquivos internos da plataforma que sugerem decisões questionáveis por parte do TSE e de seu presidente, o ministro Alexandre de Moraes, também membro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Foto: Antonio Augusto/STFFoto: Antonio Augusto/STF

Na primeira versão desse caso, divulgada em 3 de abril, Ágape e o jornalista norte-americano Michael Shellenberger destacaram que Alexandre de Moraes solicitou à plataforma informações pessoais de usuários que publicaram conteúdos considerados problemáticos pelo ministro.

Inicialmente, a maioria dos usuários visados pelo TSE incluía parlamentares, jornalistas e figuras da direita brasileira, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entretanto, a terceira versão revela que perfis e sites associados à esquerda também foram alvos das ações de censura do TSE. Segundo Ágape, o tribunal exigiu informações de usuários que usaram hashtags específicas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

Entre os potenciais alvos da coleta de dados no Twitter estavam figuras da esquerda, como a deputada federal Tabata Amaral (PSB), pré-candidata à prefeitura de São Paulo, e a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (Psol).

Além disso, o TSE também ordenou o bloqueio do perfil do Partido da Causa Operária (PCO) e de outras personalidades associadas à esquerda.

Os documentos revelam que, durante os mandatos de Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes na presidência do TSE, as autoridades eleitorais buscavam informações sobre hashtags específicas, como #VotoDemocráticoAuditável e #VotoImpressoNão.

O objetivo era identificar os criadores das hashtags, analisar sua progressão ao longo do tempo e manipular o algoritmo para reduzir o alcance de determinados perfis e contas.

O Twitter/X questionou as exigências do TSE, considerando-as questionáveis à luz das leis e precedentes dos tribunais brasileiros, por violarem os direitos dos usuários à privacidade e ao devido processo legal.

Essa expansão das investigações do TSE para incluir perfis e sites de esquerda levanta preocupações sobre liberdade de expressão e privacidade na plataforma, e sugere um escrutínio cada vez mais amplo das atividades online pelos órgãos reguladores.

da redação com RO

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