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Governo Lula escolhe quatro agências para gerir redes sociais por R$ 197,7 milhões anuais

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) divulgou hoje os vencedores da licitação no valor de R$ 197,7 milhões, iniciada em janeiro deste ano, para contratar quatro agências de publicidade encarregadas de gerenciar as redes sociais do governo federal. A iniciativa, revelada pelo Estadão, faz parte dos esforços da equipe do ministro Paulo Pimenta para aprimorar a presença digital da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Paulo Pimenta e Lula - Foto: Reprodução XPaulo Pimenta e Lula - Foto: Reprodução X

As agências vencedoras foram Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o Consórcio BR e Tal, composto por BRMais e Digi&Tal. Dessas, duas nunca tiveram contratos com o governo federal, de acordo com dados do Portal da Transparência. Cada agência receberá cerca de R$ 49 milhões por contratos de um ano, com possibilidade de prorrogação.

A BRMais é a única empresa vencedora com histórico consolidado de contratos com órgãos federais, tendo recebido anteriormente R$ 145 milhões por serviços prestados à União. As empresas Moringa L2W3 e Digi&Tal receberam aproximadamente R$ 202 mil e R$ 94 mil do governo federal, respectivamente. Usina Digital e Área Comunicação são novatas no rol de contratadas.

A mudança na estratégia de comunicação digital do governo é uma tentativa do Palácio do Planalto de elevar os índices de popularidade do presidente Lula, que têm diminuído em pesquisas recentes. O presidente já expressou publicamente sua insatisfação com a falta de repercussão das realizações do governo entre a população.

A escolha das agências foi baseada no critério de "melhor técnica" em vez de menor preço. As empresas vencedoras precisaram demonstrar capacidade para executar tarefas como mapeamento da presença digital dos Ministérios e produção de podcasts. Participaram da concorrência 24 empresas, incluindo algumas com histórico de relacionamento com o governo federal.

A Secom justificou que a contratação visa atender ao princípio da publicidade e ao direito à informação, por meio de ações de comunicação digital que promovam ideias, posicionem instituições e programas, disseminem iniciativas e políticas públicas, e orientem o público em geral.

As agências serão responsáveis pela criação e implementação de formas inovadoras de comunicação digital, destinadas a ampliar os efeitos das mensagens e conteúdos do governo. O fracasso do podcast semanal "Conversa com o presidente" foi um dos motivos que levaram a essa mudança, segundo o Estadão.

Além disso, as empresas utilizarão técnicas de machine learning e inteligência artificial para analisar o sentimento das notícias de interesse do Governo Federal e realizarão pesquisas intensivas nas redes sociais sobre temas relacionados ao governo.

Os contratos na área de comunicação e propaganda firmados pela Secom costumam ter valores expressivos, e a pasta já mantém acordos com quatro agências de publicidade que coordenam as campanhas midiáticas do governo. Cada uma dessas empresas recebeu pelo menos R$ 450 milhões em contratos.

O Estadão revelou que uma dessas empresas é investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU) por fraude em licitação durante a administração do ex-presidente Michel Temer (MDB). A Agência Nacional de Comunicação, apesar das investigações, possui atualmente mais de R$ 920 milhões em contratos com o governo federal.

da redação com informações do Estadão

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