Um dos temas tratados durante a reunião ordinária da Câmara Municipal dessa terça-feira (29) foi o atraso no pagamento dos servidores públicos municipais. Alguns funcionários ainda não receberam o salário de outubro e não há previsão para o 13°.

Para o vereador Marcelo Cooperseltta (PMDB), o servidor está sendo penalizado. “O servidor nunca perdeu tanto na história de Sete Lagoas nesta gestão. Além de perdas, além de inchaço na máquina, salário atrasado”, afirmou. Ele contou que tem sido questionado sobre o pagamento e pediu que o poder público dê prioridade aos servidores.

Marcelo Cooperseltta (PMDB) acredita que atraso nos pagamentos afeta não só servidores, mas também toda a população / Foto: Ascom Câmara

Cooperseltta defendeu que os pagamentos devem ser feitos ainda nesta gestão. “O prefeito em exercício é prefeito até o dia 31 de dezembro. Os secretários em exercício são secretários até o dia 31 de dezembro. A responsabilidade é deles. É muito cômodo dizer ‘Ah, agora resolve no ano que vem!’. Não! As contas irão passar por esta casa e nós como vereadores temos que dar a resposta à população. Nós não podemos aceitar simplesmente deixar de pagar e ir embora para Brasília ou para qualquer outro lugar e dar esse prejuízo enorme para a população de Sete Lagoas e principalmente aos servidores”, ressaltou o parlamentar.

Servidores manifestaram insatisfação com salários atrasados durante as falas dos vereadores / Foto: Ascom Câmara

O vereador Milton Martins (PSC) também chamou atenção para a responsabilidade da administração atual. “Nós temos que nos compadecer e cobrar do senhor prefeito que faça o pagamento antes dele ir embora. Ele tem que se virar, administração é assim. Quando a gente pega um município para administrar, nós temos compromisso e temos que arcar com ele. O que está acontecendo é o calote do funcionário público. Para mim é calote, não tem outro nome”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o que está sendo feito é empurrar toda a obrigação deste governo para o próximo.


Por Marcelle Louise