Após a derrota para o Fluminense, no último domingo, no Rio de Janeiro, o diretor de futebol, Thiago Scuro, já dava mostras junto à imprensa que a situação do atacante Riascos estava insustentável dentro do clube. Naquele momento, Scuro confirmava que o jogador não fazia mais parte dos planos do Cruzeiro e não jogaria mais pelo clube. 

Tudo por causa de uma declaração absurda e desrespeitosa do jogador após a partida, quando se manifestou e chamou o Cruzeiro de "m..." Em seu Instagram, o atacante pediu desculpas e afirmou se sentir infeliz com sua situação dentro do clube. 

A publicação do atacante foi feita cerca de quatro horas depois do episódio em Edson Passos. / Foto: Washington Alves / Light Press

A publicação do atacante foi feita cerca de quatro horas depois do episódio em Edson Passos. Ainda no Rio de Janeiro, a diretoria do Cruzeiro fechou as portas para o colombiano e comunicou o desligamento com o clube. Em sua entrevista coletiva, o técnico Paulo Bento preferiu não comentar alegando que "não seria agradável" dizer o que estava pensando. No site do Cruzeiro, a foto do jogador também foi retirada da lista de atletas no plantel profissional. 

Tentando contornar a situação, Riascos emitiu a seguinte nota: “Sobre minhas declarações após a partida contra o Fluminense, gostaria de esclarecer o seguinte: Em nenhum momento tive a intenção de atingir a instituição ou meus companheiros de time. Na verdade, eu fiz referência à minha situação dentro da equipe. Não venho conseguindo ter uma sequência. Tenho entrado faltando pouco tempo nos jogos. Vejo a equipe com dificuldades para conseguir os resultados e não consigo dar minha contribuição. É claro que não me sinto feliz com isso, mas admito que não deveria ter me expressado dessa maneira, ainda no calor da partida. Peço desculpas à imensa torcida cruzeirense e aos meus companheiros de clube que possam ter se sentido ofendidos com minhas declarações.” 

Desde quando se cogitou o retorno de Riascos ao Cruzeiro, todos tinham ciência de que a preferência do atleta era continuar no Rio de Janeiro, onde viveu um bom momento com a camisa do Vasco. Precisando se reforçar para o Campeonato Brasileiro, com dificuldades financeiras e pouca disponibilidade de atletas de qualidade no mercado, o Cruzeiro exigiu que o colombiano voltasse à Toca da Raposa. 

Por força de contrato, ele retornou, mas não conseguiu jogar no mesmo nível que vinha atuando no time carioca. Além disso, a sua declaração após a partida diante do Fluminense serviu para mostrar que, não adianta contrariar os interesses de um atleta, mesmo com contrato vigente. Sem motivação e interesse de atuar pelo clube mineiro, Riascos se transformou num problema, dentro e fora de campo, pois o baixo rendimento técnico, aliado ao alto investimento para sua contratação e manutenção em Belo Horizonte, tornaram o negócio inviável. Agora, anuncia-se uma “briga administrativa e jurídica” em que todos sairão perdendo, lamentavelmente!

Tempo Esportivo
O América é o clube mais previsível do futebol brasileiro e algumas atitudes de seus presidentes mostram o quão a instituição ainda precisa amadurecer e se profissionalizar. 

Com a derrota por 3 a 0 para o Santa Cruz, no Estádio Independência, domingo passado, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, o português Sérgio Vieira foi demitido. Após a coletiva de imprensa do treinador, a diretoria comunicou o desligamento do técnico do Coelho. O auxiliar técnico fixo do clube, Cláudio Prattes, assumiu o comando interino, enquanto a diretoria iniciou a busca do novo nome para assumir o comando técnico da equipe, que luta, já sem muitas perspectivas, para permanecer na Série A do futebol nacional. 

Sérgio Vieira não é mais treinador do América / Foto: Divulgação / Clube Atlético Paranaense

Após 35 dias, Sérgio Vieira não teve bom aproveitamento à frente do América. O português deixou o Coelho na lanterna do Campeonato Brasileiro, com oito pontos, sete de distância para o primeiro time fora da zona de rebaixamento. 

Vieira obteve sete derrotas e três vitórias, sendo uma delas na Copa do Brasil, contra o Fortaleza. No Campeonato Brasileiro, o Coelho chegou a sua sexta derrota consecutiva, após o revés para o Santa Cruz. 

De qualquer forma, mesmo os treinadores que têm histórico de conquistas e ótimos índices de aproveitamento à frente do clube também não resistem no cargo após algumas derrotas seguidas. Assim aconteceu com Givanildo de Oliveira, um dos principais treinadores da história do América. Após subir com o time para a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro e conquistar o Campeonato Mineiro, eliminando Cruzeiro e Atlético, bastaram alguns tropeços no início do certame nacional para que a demissão fosse oficializada. 

Com um futuro eminentemente negro para o restante da temporada, até o fechamento do primeiro turno, o América sabe que não terá vida fácil na competição: O próximo compromisso será contra o Flamengo, segunda-feira que vem, em Cariacica, no Espírito Santo. Depois o time jogará contra o Grêmio em casa, Sport em Recife e fechará a participação no turno diante do Santos, em Belo Horizonte. 

Industrial e Cidade de Deus decidem título da Copa Sete Lagoas e Paraopeba já tem o campeão de 2016 

O final de semana que se passou foi marcado por intensa movimentação no futebol amador, tanto em Sete Lagoas, quanto em Paraopeba. Os campeonatos municipais de ambas as cidades chegaram às fases decisivas e o principal destaque foi a marcante presença de público para acompanhar os jogos finais. 

A Arena do Jacaré será palco de mais uma grande decisão do futebol amador de Sete Lagoas / Foto: Divulgação

No sábado à tarde, no Estádio das Magnólias, em Paraopeba, uma “final doméstica” apontou o campeão de 2016. Doméstica porque os finalistas foram equipes da mesma região e diretoria. Isso mesmo, o Hermanos, categoria Sub-23 conquistou o título em cima do Hermanos, categoria principal. Após empate em 2 x 2 no tempo normal, os jovens ficaram com a taça ao vencerem nos pênaltis por 5 x 4, mostrando a força da instituição que, dentre outros feitos, foi quarta colocada na última edição da Copa Eldorado de Futebol Amador. 

Em Sete Lagoas, uma das principais competições de futebol amador da cidade já tem os seus finalistas. No último final de semana foram realizados os jogos das semifinais no Campo do Eucalipal e os resultados foram os seguintes:

Cidade Deus 3X 1 Parma
Borussia /JK1X 4Industrial 

Com esses resultados, a final da Copa Sete Lagoas, edição 2016, será entre Industrial x Cidade de Deus. O jogo será realizado num palco especial, com data e horário já definidos: Domingo, dia 24 de julho, às 10 horas da manhã, na Arena do Jacaré, com portões abertos para o público em geral. 

A outra grande novidade desta decisão será a cobertura especial da imprensa: A TV Sete Lagoas (canal 09 da Net) irá filmar o jogo e acompanhar a cerimônia de premiação, repercutindo todos os detalhes ao longo da semana, na sua programação esportiva. Já a Rádio Eldorado confirmou que irá transmitir ao vivo a decisão do título, e estará falando ao vivo da Arena do Jacaré a partir das 09:30 da manhã.

Representante do bairro Dona Sílvia conquista o Torneio de Terrão do Bouganville 

Terminou no último domingo a edição 2016 do Campeonato de Terrão do Bairro Bonganville. A competição, que já virou tradição na cidade, foi realizada pelo 6º ano seguido e, novamente, registrou sucesso absoluto de público, qualidade técnica e organização. Por ocasião da final, vencida pelo Juventude, cerca de 500 pessoas estiveram presentes no campo e viram os moradores do bairro Dona Sílvia e adjacências comemorem o título. 

Torneio de Terrão do Bouganville / Foto: Divulgação

Em 2016, a competição contou com 12 equipes participantes que pagaram R$ 330,00 cada uma, de taxa de inscrição, valor que deu aos clubes isenção em todas as outras despesas da disputa, inclusive arbitragem oficial da Liga Eclética Desportiva de Sete Lagoas. Em partida extremamente equilibrada o Juventude venceu o Nacional da Cidade de Deus por 2 x 1 e recebeu troféu, medalhas e R$ 550,00 em dinheiro. Já o Nacional foi agraciado com um troféu, medalhas e R$ 400,00 em dinheiro. 

As agremiações participantes deste ano, com seus respectivos bairros, foram:  
Bairro Bouganville: Real Bouganville, Vira Copos, Real Madrid e Barcelona. 
Bairro Dona Sílvia: Juventude e Caxias. 
Bairro Cidade de Deus: Nacional, Boca Juniors e Leste. 
Bairro Montreal (Rua: Santa Juliana): Unidos. 
Bairro Progresso: Rancho Fundo. 
Bairro São Vicente: Juventus. 

Para o coordenador do evento, Sebastião do Egito Ribeiro, o saldo da competição está sendo muito positivo: “Estamos todos muito felizes. A cada ano a competição fica mais tradicional, atrai mais público e melhora o nível técnico. O título ficou em ótimas mãos com a turma do bairro Dona Sílvia. Quero agradecer a todos que nos ajudaram na realização e divulgação do torneio. Nós aqui, do bairro Bouganville, estamos com sentimento de dever cumprido e agora, vamos nos preparar para a 7ª edição, em 2017.” 

Atlético pode mudar o perfil para 2017 
O desempenho do Atlético na temporada 2016 está aquém daquilo que o torcedor e a imprensa esperavam, sobretudo após os arrojados investimentos que foram feitos para reforçar o clube: Victor, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Otamendi, Lucas Pratto, Robinho e Fred. 

Foto: Bruno Cantini / Atlético Mineiro

Alguns dos jogadores que vestem ou vestiram a camisa do Atlético nos últimos anos, dentro da política agressiva de contratações adotada pela diretoria do clube. Contar com grandes nomes e manter o time forte foram apostas que deram resultado. Vieram títulos, sequência de participações na Libertadores e acréscimo no faturamento com patrocínios e valorização da marca. 

Para não mudar a postura em 2017, o Atlético precisa fazer um segundo semestre de recuperação. Com um dos elencos mais caros do futebol nacional, o clube mineiro não pensa em algo menos do que uma vaga na próxima Copa Libertadores. 

Ficar fora da edição do principal torneio de clubes sul-americanos pode ser um duro golpe nas finanças atleticanas. Pelo elenco e investimentos feitos, o Atlético começou o Brasileirão como um dos candidatos ao título. Mas, após 15 rodadas e grande distância para o líder, as chances de conquista foram reduzidas a 1%. 

Se o time não terminar o ano dentro do G4, é provável que a política de contratações e investimentos seja alterada de forma substancial para o próximo ano. Este é mais um bom exemplo de que no futebol não há “receita pronta” e que nem sempre o planejamento traçado, por mais arrojado que seja, tem garantia de sucesso dentro das quatro linhas!

Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing